terça-feira, 19 de setembro de 2006

Não convenceu

Inchada como um balão, luzidia como só os governantes, a Ministra da Educação apresentou-se no “Prós e Contras” para dizer aos portugueses três coisas: que as escolas têm autonomia para fazer o que não sabe fazer bem, autonomia para gerir todos os assuntos problemáticos e sem solução à vista e que terá pulso firme com os professores. É com estes que fará a sua principal "batalha".
Perdeu a cabeça com uma Avelãs em excelente forma, muito assertivo e que “de caminho” lhe deu uma lição sobre moderação, pertinência e acerto.

Há uma nova matriz para a educação em Portugal que nos faça sair dos lugares do fundo das estatísticas europeias, lançou a jornalista Fátima Ferreira?
Todos os participantes foram unânimes: Sim, mas, talvez, um pouco…
Nenhum disse que não há nenhuma nova matriz na educação, muito menos para a melhoria.
Exemplo: nada se fez ainda para combater as ideias guterristas de um ensino em que nenhum jovem deve reprovar, em que não se ensina nem aprende (os professores são moderadores e os alunos adquirem competências); o Inglês, as Ciências, a História, a Físico-química têm menos tempo dedicado que as áreas curriculares não disciplinares (o eduquês no seu melhor) de Estudo Acompanhado, Área de Projecto e Formação Cívica, no ensino Básico.

Um dos presentes – o Presidente de uma escola emTaipas, Guimarães, muito bem aperaltado, diga-se, estava com ar ligeiramente comprometido, como que a querer manter ou aceder ao olimpo, não educativo, mas político: porque esta equipa ministerial fez o que nenhuma outra havia feito em 10 anos; porque havia reuniões com os Conselhos Executivos; que havia acção…Upa. E no final ainda lançou umas excelentes bicadas aos sindicatos. Grande ajuda política ao governo. Ganhou o dia.

O político da oposição foi fraco e muito teórico…Esteve completamente a leste e levou uma ensinadela da Ministra. Mal escolhido.

A Ministra perdeu-se claramente com o Avelãs, um “calmo”, mas disse uma coisa muito importante: que não queria mais reformas. Que se iniciou uma em 2001, no ensino Básico e outra em 2004, no Ensino Secundário e que não estava em condições de fazer qualquer outra reforma per ora. Aleluia.
O Estatuto da Carreira Docente vai dar muito eu falar...
Reitor

1 comentário:

  1. _______________________________

    Li o seu post. Acho que, em boa parte, tem razão. Obrigado pela visita ao PUXAPALAVRA. Volte mais vezes e converse connosco.

    Saudações

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