sábado, 31 de janeiro de 2009

Tens Pinta

Má notícia:

Uma assessora de Manuel Pedro, da empresa promotora do Freeport, a consultora Smith & Pedro, disse em 2004 à Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal que durante o licenciamento do Freeport, houve o pagamento de “avultadas comissões”, incluindo ao actual primeiro-ministro, que terá recebido “400 mil” – sem que seja especificada a unidade monetária – noticia hoje o diário “Correio da Manhã”.


Os ratos acordam sempre que o navio se afunda

E, mal pressentem a água, saltam para as costas do gato.

O antigo Presidente da República, Jorge Sampaio, defende que o Tribunal Constitucional devia fixar jurisprudência sobre os actos dos Governos de gestão, para evitar novas polémicas no futuro

Outros ratos há que, prestes a serem comidos pelo gato, gritam: cão, olha ali um cão, cuidado com o cão....

Como aconteceu em todas as situações análogas, os decretos-lei 140 2002 e 141/2002 só foram promulgados, já em 2 Maio de 2002, após os responsáveis do novo Governo prestes a entrar em funções, ao terem sido chamados a pronunciar-se, não terem manifestado quaisquer reservas ou objecções ao diploma.

Nem sempre, o gato olha para o lado...

Reitor

‘Pinocchio’

Reitor

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Olhe que não é exagero nenhum


Freitas do Amaral em declarações à SICn

Surpresaaaaaaaaaaaaaaaa


Câmara da Guarda conclui que “não há diferenças assinaláveis” na rapidez de aprovação de projectos de Sócrates

Reitor

Não percam tempo com o email. Destapem as contas bancárias.

"Por seu lado, a revista "Sábado" refere que "os investigadores ingleses querem ver as contas bancárias do primeiro-ministro". Segundo a mesma publicação, "as autoridades portuguesas estão a investigar um email que terá sido enviado pela empresa Smith & Pedro (intermediária no processo de licenciamento do "outlet") para um alegado domínio pessoal de Sócrates".

Já se vêm as bandeiras. Pouco falta para os carrosséis iniciarem a correria...
Os nosso investigadores investigam um email.
Podia dar-lhes para pior, por exemplo, dar resposta pronta e rápida à carta rogatória enviada pelas autoridades inglesas...
Reitor

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Dizer em 20 palavras o mesmo que outros dizem em 100

A entrega dos objectivos individuais é uma responsabilidade do docente?
25 de Jan de 2009

Sim. O prazo para entrega dos objectivos individuais deve estar definido no calendário aprovado pela escola. Nas situações em que esse prazo não seja cumprido, deverá o director / presidente do conselho executivo notificar o docente desse incumprimento, bem como das respectivas consequências, ou seja, o período sem avaliação não será considerado para efeitos da evolução na carreira do docente No entanto, uma vez que, quando existe falta de acordo, prevalece a posição do avaliador, poderá o director/presidente do conselho executivo fixar os objectivos ao avaliado, tendo por referência o projecto educativo e o plano anual de actividades da escola


Ou seja e em 20 palavras:
Caso os avaliados não entreguem as suas propostas, os directores/presidentes de conselho executivo devem fixar os respectivos objectivos, notificando-os.

Reitor

Política de Valorização dos 2º e 3º Ciclos

"Deu-me com a mão fechada um soco na cara que me apanhou o olho e o nariz e pôs-me a sangrar. Tive de ir de urgência para o hospital." Maria da Conceição Fernandes,
de 45 anos, auxiliar de acção educativa, foi a última vítima dos casos de violência que se têm vindo a suceder na Escola Básica 2,3 Ruy Belo, em Monte Abraão, Sintra.

Reitor

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Zangam-se as comadres, sabem-se as verdades...

Sócrates avisa primo e afasta-se da família

Reitor

Um amigo onde menos se espera

“As pessoas sabem que nós precisamos de uma escola onde o professor seja prestigiado, onde haja bom ambiente de trabalho, onde haja exigência e disciplina e onde se dêem aos jovens as ferramentas para eles subirem na vida pelo seu esforço”, referiu Paulo Portas, defendendo que o país “não precisa de mais conflito na escola”.

Reitor

Olhem como este enche o peito

O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, esclareceu ao Expresso que no caso de os professores não entregarem os seus objectivos individuais no âmbito do processo de avaliação e de os presidentes dos conselhos executivos não os substituírem nesta definição, o tempo de serviço para efeitos de progressão na carreira não será contado

Reitor

domingo, 25 de janeiro de 2009

Manual de Tácticas da Acção Docente

Os professores perderam apoio em todos os fóruns políticos.
Não podem recorrer ao Governo, seu carrasco.
Nem ao Presidente da República, completamente surdo.
Nem ao Parlamento, totalmente arrebanhado.

Parece que estão isolados, mas não estão.
Parece que perderam a guerra, mas ainda não a perderam.
Perderam alguma artilharia, é certo, mas mantêm intacta a razão.

Onde podem ir buscar apoios para continuarem a lutar pela revogação do actual modelo de avaliação?
Que caminhos devem ser seguidos nesta fase de maior descrença?
Que armas e que tácticas devem ser utilizadas para vencer o inimigo e arrancar a erva ruim que se tenta semear nas escolas?


O Manual de Tácticas da acção Docente tenta responder a estas questões:

MANUAL DE TÁCTICAS DA ACÇÃO DOCENTE


Parte Um - O inimigo

O inimigo a abater é o modelo de avaliação de professores criado pelo decreto regulamentar 2/2008
É o Estatuto da Carreira Docente
É o Governo, o Ministério e toda a Administração Central e Regional da Educação.
São também inimigos os Presidentes e Directores de Escolas mais papistas que o papa Inginheiro José "FreePort" Sócrates..
E os deputados-professores socialistas que votaram contra a suspensão.

Parte Dois - O campo de batalha

A batalha desenvolve-se em todas as escolas do país, na rua e na comunicação social, sempre dentro dos limites legais

Parte Três - As armas

São armas admissíveis nesta guerrilha a palavra, o texto, a imagem, o voto e, em casos particularissímos, alguns ovos

Parte Quatro - Acções tácticas a desenvolver

1 - Acções jurídicas
Contestar legalmente o Governo, o ME, e os decretos que criaram os monstros. A este respeito, ouvir TSF e ler General Guinot

2 - Acções musculadas
a) Os Presidentes de Conselho Executivo, especialmente aqueles que e reuniram em Santarém ainda podem fazer mossa. Serão sempre um real foco de contestação ao governo e a esta política.
b) Pedido de demissão de umas boas dezenas de Presidentes de CE. Se muitos dos actuais presidentes se demitissem criariam um engulho ao Governo e, independentemente, da “resposta” preparada para este cenário, seria um sério problema para o Ingº. Note-se que o pedido de demissão dos PCE está previsto na lei. Ou seja, é uma acção real, legal e que causaria danos importantes no processo.
c) Os professores não devem entregar os OI. Nada na lei os obriga a tal acção. Deixem que sejam os avaliadores a definir os OI
d) Não permitir nenhuma aula observada: ou porque ninguém as requer ou porque, alguém as requerendo, elas não se realizam por greve, doença, ou qualquer outra indisposição que impeça a observação das aulas. Esta medida táctica fará mossa e será fácil de suprir: estamos quase no Carnaval e as aulas observadas são marcadas pelo avaliador…
e) Mais greves em momentos cirurgicamente escolhidos que não faltarão com o decorrer do FreePort. (Não às greves por tempo indeterminado)
f) Esperas. Sempre que se realize um acontecimento público em que estejam membros do Governo, o povo docente deve ir para a rua. Com cartazes alusivos à luta.

3 – Propaganda
a) Como já aqui escrevi: para esta guerra, deve-se utilizar as armas do inimigo. Comprar publicidade e fazer propaganda na televisão que descredibilize o Governo e as políticas educativas.
b) Abrir uma conta bancária e recolher fundos (5 euros/prof, por exemplo) para contratar os Gatos Fedorentos e outros entertainers para bater no Governo e na avaliação dos professores.
c) Colocar outdoors com publicidade que ridicularize o modelo de avaliação dos professores
d) Associar os seus argumentos utilizados pelo ingº e pela sinistra à mentira, à desonestidade intelectual, ao embuste. Sublinhar as suas facetas de impostores.

4– Representação
a) Os professores devem representar. Fazer de conta que se avalia, representar que se é avaliado e avaliador, disfarçar que a avaliação é exequível, representar que a avaliação é justa e rigorosa.
b) No primeiro acto desta peça, os professores não entregam objectivos individuais. Desta forma mostram tanta segurança na sua competência e tanta confiança no avaliador que até deixam ao seu critério a definição dos seus objectivos.
c) O segundo acto é a definição dos objectivos pelo PCE (dizem-me que constam do projecto educativo, do regulamento interno e do plano de actividades, o que não me admira pois está lá “tudo”). Um bom PCE define objectivos tão vagos, imprecisos e incomensuráveis que, chegados a Julho, oh! Olha! Não é possível delimitar, nem isolar nem, muito menos, medir estes objectivos. Que diabo? E agora? Não se pode prejudicar nenhum colega…
d) O terceiro acto é a ficha de auto-avaliação. Os professores devem seguir a máxima socialista: Todos Diferentes, Todos Iguais.
e) O quarto acto é a ficha de avaliação. Os avaliadores devem seguir o princípio socialista da igualdade: tira daqui põe ali e, bem somadas as notinhas dos parâmetros, olha, olha... Todos os 150 professores avaliados têm BOM. Como é isto possível?
ATENÇÃO: não se pode fazer como fez este Conselho Pedagógico. Nem pensar em aprovar ou deliberar ou decidir que todos os professores têm BOM. Para além de ser ilegal, dá processo disciplinar e o povo não perceberia. Os avaliadores não declaram nada, não decidem nada, Estão caladinhos como mochos. No final do ano, após recolha dos dados, fazem uma avaliação rigorosa e ponderada do desempenho dos seus avaliados e dão notas. Claro que nem todos os professores podem ter a mesma nota em cada parâmetro. Seria muita coincidência. Já seria menos coincidência se todos tivessem notas diferenciadas mas não ultrapassassem o BOM. Perceberam ou querem uma explicaçãozita mais detalhada?
f) O quarto acto é da responsabilidade da comissão de avaliação. É que pode mesmo haver alguns professores que, inadvertidamente, cheguem ao muito bon e até ao excelente. Aí entra a comissão para "validar" essas "excepcionais" classificações.
g) Termina a peça com todos os professores avaliados, por mero acaso, com nota BOM. Já sei, já sei. Os Bons são diferentes uns dos outros pois distribuem-se por toda a escala quantitativa (de 6,5 a 7,9 pontos).

E assim será aplicada uma medida política emblemática desta Governo. Os professores serão avaliados como sempre foram antes destes senhores inventarem este modelo de avaliação, a diferenciação ocorrerá dentro da mesma classificação e pode ser que já nos tenhamos visto livres deles.

sábado, 24 de janeiro de 2009

O Rebanho

Ontem, no Parlamento, os professores perderam uma das últimas batalhas da guerra que os opõe ao Governo Socialista. Esta derrota dos professores era esperada. E não totalmente malfeita. Algum dia os professores teriam de pagar as contas. Foi ontem. Beberam algumas das gotitas do veneno que inocularam no país em 2005, quando ajudaram a eleger o ingº Sócrates para governar Portugal. Inginheiro e arquitecto de dezenas de cortes de gado suíno, bovino, ovino e caprino e, não há bela sem senão, de alguns galinheiros, ali, para os lados dos montes Hermínios.
Claro que numa coisa, pequeníssima coisa aliás, os professores têm toda a razão. A avaliação que o Governo lhes quer impor é uma caca. Nunca servirá para os avaliar e não demorará muito a passar à história como passou a prova de acesso ao 8º escalão, eliminada por um outro Governo Socialista do qual fazia parte o garboso Mr. José “Freeport” Sócrates.
Esta avaliação de professores, que normalmente constaria como nota de rodapé do livro da governança chuchalista 2005-2009, subiu à condição de “medida estratégica” do Governo.

E, ontem, por apenas três simples votos não caiu o Governo português.Preparava-se uma tragédia. Não fossem os “democratas” Augusto Santos Silva e Alberto Martins e Portugal viveria um conturbado período de desassossego e conflito. Se lhe juntarmos a crise económica e financeira de que falam os políticos, hum, hum, seria o caos.

Os professores, todos eles, em Portugal e no mundo, já deveriam ter aprendido que o Socialismo é uma doutrina maléfica para a sociedade. É uma ideologia assente na aparência e na falsidade. É um vírus social que, ao contrário do que propala, é anti-social. Uma ideologia que a coberto dos valores da solidariedade e da igualdade tem criado as maiores injustiças, a maior pobreza, o maior atraso e a maior miséria humana em todo o mundo.
Um Professor que se preze, ensina a verdade, ensina o trabalho, ensina a responsabilidade, ensina a justiça, ensina que deve ser tratado por igual o que é igual e por diferente o que é diferente; ensina que numa sociedade justa os Homens são iguais perante a lei; ensina o valor da honestidade, da honradez, da bondade, da caridade... Ensina a não mentir, a não viver de subsídio, a respeitar as leis e a defender a punição daqueles que não as cumprem, a cumprir com as obrigações, a não receber luvas, enfim, valores que são esquecidos pelos socialistas que ascendem ao governo.

Em todo o mundo, sempre que alguns homens (minúscula intencional) pegaram na cartilha e pregaram o Socialismo, chuchalizaram-se, serviram-se, enriqueceram-se…
A maioria do povo empobreceu, silenciou-se, subsidiou-se e perdeu cidadania. A maioria – de todos os partidos - encarneirou.
Os nossos representantes estão arrebanhados. Seguem cegamente o pastor, não vá faltar-lhes o lastro, não vá faltar-lhes o forro no bucho.
Reitor

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Porque no te callas?


Se Releva:
:: Condiciones meteorológicas (19/01/2009)
Alarma: Sigue en vigor el reconocido en la
Comunicación nº 3 de la del Dirección Regional de la Educación del Norte.
E ela a dar-lhe e a burra fugir... Depois da vergonha daquele texto inenarrável (Aviso n.º 3) ainda se volta ao mesmo?!!!
Há gente que não tem noção do ridículo.
Director-geral

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O Albino vai para tribunal


O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) ameaçou hoje recorrer aos tribunais para que sejam convocados serviços mínimos em futuras greves de professores, de forma a evitar que as escolas encerrem.

Pai Nosso que estais no céu,
Santificado seja o vosso nome,
Vem a nós o vosso reino,
Seja feita a vossa vontade
Assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos daí hoje,
Perdoai-nos as nossas ofensas,
Assim como nós perdoamos
A quem nos tem ofendido,
Não nos deixei cair em tentação
Mas livrai-nos do mal.
Amém

Reitor

Um País, Dois Partidos, Três Sistemas

Nos Açores, o Governo Regional suspendeu a aplicação do modelo de avaliação do desempenho docente.

"A Secretária Regional da Educação e Formação mostrou-se sensível aos argumentos do SPRA publicados no Correio dos Açores e no Diário Insular de 08 de Janeiro no sentido de se proceder a uma avaliação simplificada este ano, que passará pela elaboração de apenas um relatório, a realizar pelos docentes" Copiado daqui

O Governo ficou completamente encurralado (e perdido) quando se realizou um Conselho de Ministros Extraordinário para aprovar o Simplex 2. Ficou encurralado e perdido porque nunca percebeu (ou percebeu!) que o verdadeiro problema há muito que NÃO ESTÁ no modelo de avaliação mas na Ministra e na equipa que lidera.

Recupero o que escrevi neste post de 10 de Março de 2008: Após 08/Março/08, o problema que temos na educação é só um: A ministra MLR não tem condições políticas, nem funcionais, nem de confiança pessoal para continuar a dirigir a Educação. Ninguém lhe dará crédito e todos estarão à espera que se vá embora. São estes os dados políticos: não adianta a Sócrates dizer que a segura, nem a ela dizer que quer trabalhar, nem se é uma excelente técnica ou não, nem se fez muito ou pouco, nem nada. A esmagadora maioria dos professores e a generalidade da população não acreditam que ela seja capaz, não a vêem como interlocutora válida para resolver os problemas políticos, só políticos, que ela própria e os dois asnos políticos que a rodeiam criaram

Parafraseando o Paulo Guinote, vivemos num curioso estado não federado, constituído por três territórios distintos, cada qual com o seu governo e com leis próprias que se aplicam apenas onde interessa. E, embora a Constituição da República diga que Portugal é um estado unitário, parece que o Partido Socialista não sabe disso.

O Partido Socialista está perdido, confuso, sem saber o que fazer. Só isso explica a decisão do Terceiro Sistema - o do "amigo e camarada" açoriano Carlos César - em suspender o modelo de avaliação dos professores. Este ano vão ter de entregar um apenas um relatório, tal como defende a Plataforma Sindical e que o Governo de cá e os seus mais dilectos sequazes logo trataram de escarnecer.

O Bom dado a todos os professores pelo Segundo Sistema - o do Alberto João - ainda há-de parecer um justo modelo de avaliação.

Reitor

domingo, 18 de janeiro de 2009

Para as Professoras

Reitor

Grande Novidade

Reitor

Será que ouvi bem?

aqui me referi às declarações do Presidente do Conselho das Escolas ao JN.

Houve uma que ficou a bailar nos meus ouvidos:

"os sindicatos deveriam apresentar uma proposta alternativa que fosse justa, credível e séria", o que até agora não aconteceu"

Esta declaração de Álvaro dos Santos traz água no bico. Aliás, não parece ser uma declaração, mas antes um apelo lancinante.
Como se estivesse a dizer aos sindicatos: por favor, apresentem rapidamente uma proposta, um bocadinho diferente da primeira, para resolverem o problema criado pelo ministério da educação.
Precisamos (eu, a Lurdes, o Valter e o Jorge) urgentemente de uma proposta vossa para podermos sair do buraco em que nos enfiamos.
Mas devo estar enganado. Não deve ser nada disto.
Reitor

sábado, 17 de janeiro de 2009

Só falta um bocadinho assim!

Colegas, mantenhamos a dignidade do que arduamente construímos! Este ministério, este governo e este país, não estavam preparados para o antagonismo que conseguimos mobilizar. Não podemos trair o que já fizemos nem bloquear o caminho que percorremos. Cada decisão individual, com toda a liberdade de ser exercida, tem
de ser pensada como reflexo de e numa razão colectiva
. José Maria Cardoso, Professor na Escola Sec. Alcaides de Faria – Barcelos


Os professores estão à beira de conseguir uma retumbante vitória sobre o Ministério da Educação. Já sei, já sei. Não se trata de um jogo ou de uma batalha.
Trata-se antes de levantar um um cerco que mantém os professores há mais de um ano em estado de alerta, sem sossego, sem descanso, desconcentrados e sujeitos às mais variadas injustiças e atropelos.
Se persistirem nos seus redutos, se conseguirem ter a solidariedade dos seus líderes, se não recuarem, vencerão! E não será uma vitória moral como aquelas a que nos habituou a Selecção Nacional. Não! Será uma vitória efectiva. E, durante muitos anos, não ouviremos a ladainha cínica de Maria de Lurdes Rodrigues, nem a estupidez do Valter "Excesso Grave de Faltas" nem as mentiras do Jorge Sinistro.
Estes amigos já perceberam há muito que o problema da avaliação dos professores NÃO está , verdadeiramente, no modelo mas sim neles próprios. Não têm credibilidade junto de nenhum professor, perderam a autoridade junto de professores, pais e alunos, digam o que disserem, façam o que fizerem, serão rejeitados, serão contestados, serão contrariados, serão gozados.
A paz voltará no dia em que forem embora. Adeus.
Reitor

Plano Tecnológico da Educação - 19

"Os alunos asseguram que há infiltrações de águas através do telhado e das paredes; o sistema de aquecimento não funciona; há salas e corredores onde é preciso colocar recipientes para aparar a água que cai do tecto; as caixilharias e janelas estão na sua maioria partidas ou danificadas".

"Não temos condições nas aulas. As salas são muito frias e chove no seu interior. Temos de estar dentro das salas de aula com luvas, gorros e cachecóis, devido ao frio. Assim não há rendimento possível", assegura Camila Santos, aluna do 9º ano"


Reitor

"Não peças a quem pediu nem sirvas a quem serviu"

"O actual modelo deve ser revisto", afirmou Álvaro Almeida dos Santos, em declarações à agência Lusa, adiantando que, por ser "complexo e difícil", os resultados da sua aplicação "poderão ficar aquém do esforço realizado" pelas escolas

Este "professor" é contorcionista, já se sabe. Reparem bem na nuance: o modelo deve ser "revisto", não "suspenso" como defendem os PROFESSORES mas sim revisto como defende o Presidente do Conselho Nacional das Escolas.

Leia-se: o "professor" Álvaro, qual João Baptista dos dias de hoje, vem dar-nos a boa nova: o Ministério da Educação pode rever o modelo, mas não suspendê-lo.

Até porque os "os sindicatos deveriam apresentar uma proposta alternativa que fosse justa, credível e séria", o que até agora não aconteceu", diz Álvaro Santos.
E todos ficamos a perceber o "fino" raciocínio deste servo: não é à entidade patronal que compete apresentar um instrumento que permita avaliar os seus funcionários - para os qualificar, dizem os mais cínicos. Não! É aos representantes dos trabalhadores - os sindicatos - que incumbe apresentar um modelo para avaliar aqueles que representam. Tal como Abraão levou Isaac para o Monte Moriá, são os sindicatos que devem levar ao sacrifício os seus sócios.
Bonita religião esta. Digna de um Pedreira.
Mas, o sabujo tem tanto brio na escova que maneja que a polidela removeu a graxa: os sindicatos deveriam apresentar uma alternativa JUSTA, CREDÍVEL e SÉRIA. Ou seja, uma alternativa que satisfizesse os princípios que nunca satisfez nem satisfará o modelo de avaliação apresentado pelo seu amo.

A asneira é tanta, as moções e contestação dos professores estão a atingir patamares tais que eu começo a não saber bem que é que está com medo, se são os pobres professorzecos, ou o trio maravilha e os seus fieis servidores.
Reitor

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

"Um Mau Instrumento de Gestão"

Pelo que se vê e lê, o modelo de avaliação - versão simplex 2 - não interessa aos professores. Nem aos dirigentes escolares.
A quem interessará este modelo de avaliação?



"Exma. Sra. Ministra da Educação,

Excelência
As Presidentes e os Presidentes dos Conselhos Executivos dos Agrupamentos de Escolas e das Escolas em relação infra, reunidos em 10/01/2009, em Santarém, cientes e convictos das suas obrigações perante Vª. Exa. e perante a Escola; cientes e convictos da importância e necessidade de implementação de um processo de avaliação que promova, eficiente e eficazmente, a qualidade do ensino público e da condição docente; cientes e convictos, ainda, da importância do seu contributo em tudo o que à Escola Pública respeita, unanimemente entenderam dever manifestar a V. Exa.:

1) que a regulamentação da avaliação do desempenho do pessoal docente, agora publicada, apesar de retirar do processo avaliativo alguns parâmetros anteriormente previstos, não se torna, ainda assim, mais exequível, nomeadamente por força da concentração e acréscimo de competências no Presidente do Conselho Executivo;

2) que a mesma regulamentação, ao consignar a não obrigatoriedade de os Professores serem avaliados na componente científico-pedagógica, destitui o processo daquele que deveria ser o seu traço fundamental, não só não promovendo, mas comprometendo, a prazo, a qualidade do ensino;

3) que este processo de avaliação, a realizar-se nos termos agora regulamentados, promoverá a injustiça entre pares, constituindo-se, assim, instrumento promotor de desmotivação e consequentemente um mau instrumento de gestão, pois não assegura, de forma distinta, a avaliação do mérito científico-pedagógico;

4) que este modelo de avaliação do desempenho docente não é um instrumento capaz de avaliar com justiça, rigor e equidade os professores das escolas públicas;

5) que, se o presente processo for levado até ao fim, a avaliação dos professores no final do presente ano lectivo redundará num simulacro, em tudo idêntico ao verificado no ano lectivo transacto, com a avaliação dos professores contratados;

6) que a insistência, assim, no actual modelo de avaliação, compromete a construção, desde já e a longo prazo, de um modelo justo, sério e credível, contribuindo para desviar significativamente a Escola da sua principal razão: a educação dos alunos;

7) ser da maior importância, para a realização de uma justa e credível avaliação do desempenho dos Professores em sede da respectiva escola, a rectificação da injustiça instalada nas escolas com o processo de concurso para Professor Titular, no qual não foi dado o primado ao mérito profissional;

8) haver, pelo exposto e a fortiori, fundamento suficiente para reiterar a posição maioritária do Conselho de Escolas, favorável à suspensão deste processo de avaliação de desempenho.

Mais unanimemente entenderam, considerando que a sua responsabilidade e missão não se esgotam num papel puramente funcional, ser a respectiva avaliação em quadro de SIADAP inadequada, pelo que solicitam consequente revisão de tal determinação.
Reiterando a disponibilidade neste acto expressa, são:

Presidentes dos Conselhos Executivos das(os) seguintes Escolas/Agrupamentos presentes na Reunião de 10 de Janeiro, em Santarém

Agrupamento Vertical Afonso Betote – Vila do Conde
Agrupamento Cidade Castelo Branco
Agrupamento de Escolas a Sudoeste de Olivelas
Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade – Almada
Agrupamento de Escolas António José de Almeida – Penacova
Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques – Guimarães
Agrupamento de Escolas D. Nuno Álvares Pereira – Tomar
Agrupamento de Escolas D. Sancho I –Cartaxo
Agrupamento de Escolas da Cordinha – Oliveira do Hospital
Agrupamento de Escolas da Guia – Pombal
Agrupamento de Escolas da Lousã
Agrupamento de Escolas da Pedrulha – Coimbra
Agrupamento de Escolas da Pontinha – Odivelas
Agrupamento de escolas de Aguada de Cima – Águeda
Agrupamento de Escolas de Aguiar da Beira
Agrupamento de Escolas de Almeida
Agrupamento de Escolas de Anadia
Agrupamento de Escolas de Cabanas do Viriato – Carregal do Sal
Agrupamento de Escolas de Campo de Besteiros - Tondela
Agrupamento de Escolas de Canas de Senhorim
Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal
Agrupamento de Escolas de Ceira - Coimbra
Agrupamento de Escolas de Entre Ribeiras – Paul- Covilhã
Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo
Agrupamento de Escolas de Góis
Agrupamento de Escolas de José Relvas – Alpiarça
Agrupamento de Escolas de Midões
Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo
Agrupamento de Escolas de Mortágua
Agrupamento de Escolas de Nelas
Agrupamento de Escolas de Oliveira de Frades
Agrupamento de Escolas de Ourém
Agrupamento de Escolas de Pinhel
Agrupamento de Escolas de S. Pedro do Sul
Agrupamento de Escolas de S. Silvestre – Coimbra
Agrupamento de escolas de Santo Onofre – Caldas da Rainha
Agrupamento de Escolas de Soure
Agrupamento de Escolas de Vizela
Agrupamento de Escolas de Vouzela
Agrupamento de Escolas do Caramulo – Tondela
Agrupamento de Escolas do Concelho de Vila do Bispo
Agrupamento de Escolas do Sátão
Agrupamento de Escolas do Tortosendo
Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Fernandes – Abrantes
Agrupamento de Escolas Febo Moniz – Almeirim
Agrupamento de Escolas Finisterra – Febres – Cantanhede
Agrupamento de Escolas Gil Vicente – Lisboa
Agrupamento de Escolas Inês de Castro – Coimbra
Agrupamento de Escolas Maria Pais Ribeiro “A Ribeirinha” – Vila do Conde
Agrupamento de Escolas Marinhas do Sal – Rio Maior
Agrupamento de Escolas Martim de Freitas - Coimbra
Agrupamento de Escolas Padre António Andrade – Oleiros
Agrupamento de Escolas S. Martinho do Porto – Alcobaça
Agrupamento de Escolas Santa Cruz da Trapa – S. Pedro do Sul
Agrupamento de Escolas Santa Iria - Tomar
Agrupamento de Escolas Silva Gaio – Coimbra
Agrupamento de Escolas Soares dos Reis – Vila Nova de Gaia
Agrupamento de Escolas Virgínia Moura - Guimarães
Agrupamento de Samora Correia – Benavente
Agrupamento de Vila Nova de Poiares
Agrupamento do Avelar
Agrupamento Fazendas de Almeirim – Almeirim
Agrupamento Idães – Felgueiras
Agrupamento Marcelino Mesquita – Cartaxo
Agrupamento Maria Alice Gouveia – Coimbra
Agrupamento Marquês de Pombal – Pombal
Agrupamento Paço de Sousa – Penafiel
Agrupamento Pêro da Covilhã
Agrupamento Vale Aveiras – Azambuja
Agrupamento Vertical de Escolas – Alcochete
Agrupamento Vertical de Escolas de Ponte da Barca
Conservatório de Música de Coimbra
EB23 Alexandre Herculano – Santarém
EB23 António Correia de Oliveira - Esposende
EB23/S de Oliveira de Frades
Escola Sec. Com 3º Ciclo Fernando Namora de Condeixa-a-Nova
Escola Sec/3 de Pinhel
Escola Sec/3 de Raul Proença – Caldas da Rainha
Escola Secundária /3 de Alcanena
Escola Secundária Alberto Sampaio – Braga
Escola Secundária Avelar Brotero – Coimbra
Escola Secundária Cacilhas – Tejo – Almada
Escola Secundária D. Duarte – Coimbra
Escola Secundária da Lousã
Escola Secundária da Lousada
Escola Secundária da Mealhada
Escola Secundária da Quinta das Flores – Coimbra
Escola Secundária Daniel Faria – Baltar
Escola Secundária de Arganil
Escola Secundária de Barcelinhos – Barcelos
Escola Secundária de Barcelos
Escola Secundária de Felgueiras
Escola Secundária de Figueira de Castelo Rodrigo
Escola Secundária de Oliveira do Hospital
Escola Secundária de Porto de Mós
Escola Secundária de S. Pedro – Vila Real
Escola Secundária de Vilela - Paredes
Escola Secundária de Vouzela
Escola Secundária do Fundão
Escola Secundária Dr João Lopes Morais - Mortágua
Escola Secundária Dr. Ginestal Machado – Santarém
Escola Secundária Dr. J.C.C. Gomes – Ílhavo
Escola Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima de Aveiro
Escola Secundária Dr. Mário Sacramento – Aveiro
Escola Secundária Eça de Queirós – Póvoa de Varzim
Escola Secundária Emídio Navarro – Viseu
Escola Secundária Fernão Mendes Pinto – Almada
Escola Secundária Gama Barros – Lisboa – Cacém
Escola Secundária Homem Cristo de Aveiro
Escola Secundária Infanta D. Maria – Coimbra
Escola Secundária Jácome Ratton – Tomar
Escola Secundária Jaime Cortesão – Coimbra
Escola Secundária José Falcão – Coimbra
Escola Secundária José Régio – Vila do Conde
Escola Secundária Luis Sttau Monteiro – Loures
Escola Secundária Manuel da Fonseca – Santiago do Cacém
Escola Secundária Marquesa de Alorna – Almeirim
Escola Secundária Pe. Benjamim Salgado – Vila Nova de Famalicão
Escola Secundária com 3º Ciclo Rainha D. Amélia – Lisboa
Escola Secundária Rocha Peixoto – Póvoa de Varzim
Escola Secundária Rodrigues Lobo de Leiria
Escola Secundária Sá da Bandeira – Santarém
Escola Secundária Santa Maria do Olival- Tomar
Escola Secundária Sebastião da Gama - Setúbal
Escola Secundária/3 Amato Lusitano – Castelo Branco
Escola Secundária/3 de Carregal do Sal
Escola Secundária/3 de Santa Comba Dão"

Reitor

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Anda Muita Tensão No Ar. Demasiada...


Reitor

Maus Governos/Desobediência Civil

São dezenas as escolas em que a maioria dos professores assinam moções de não participação no processo de avaliação do desempenho do pessoal docente. Dêem uma olhada nos blogs do Ramiro e do Paulo. É impressionante...
São vários os professores que, publicamente, declaram não entregar objectivos individuais nem participar no processo de avaliação. Algo se passa...
Os sindicatos da educação, autênticos bombos do Governo, de 2005 a 2007, estavam moribundos, exangues, a definhar.
De um momento para o outro, nomeadamente desde a Greve Nacional de 8/03/2008, ganharam uma vida e uma importância junto dos professores que ninguém cuidaria ser possível. As políticas do governo revigoraram os sindicatos, unindo os professores em seu redor.
Que se passa com este Governo que não consegue implementar nem desenvolver uma das suas principais medidas de política educativa?
Será que os professores estão errados? Ou será que estão erradas as políticas?
Agora tem de receber os representantes de quase 150 Presidentes dos Conselhos Executivos das Escolas. Que não vão ao ministério fazer cócegas à Ministra. Nem receber prémios de 25.000 euros...
Que se passa com este Governo?
Está demasidado fixado num pormenor político - avaliação dos professores - e, com essa fixação, está a desafiar uma desobediência civil!
É disso que se trata. De (falta) autoridade.
Que imagem transmite o Governo ao país, quando ninguém lhe obedece.

Reitor

Intersecções: Margarida Moreira versus Bertold Brecht

As determinações da Sr.ª DREN não fazem lembrar as “qualidades” dos dirigentes retratados por Bertold Brecht?Vejamos as suas determinações sem as quais a tragédia, o caos, o horror, teriam tomado conta da área de intervenção da DREN. Não comentemos os erros de sintaxe, pontuação e quejandos… Vejamos só, mas só, o alcance das medidas, nada óbvias nalguns casos, e a capacidade apenas atribuídas aos eleitos, aos esclarecidos, de apresentar como resultado de determinação o que não passa de uma situação gerada naturalmente.
Governar assim, sim!
Esta mulher é uma senhora, carago!

Ex.mo(a) Senhor(a) Presidente do Conselho Executivo/Director de Escola

Atendendo a que se mantém, em algumas zonas, situações de alerta devido a neve ou gelo, determino:
1. As orientações da Protecção Civil Municipal/Distrital são imperativas para que algumas escolas amanhã não abram e/ou fechem antecipadamente;
2. Em caso de ser necessário o encerramento após o início de aulas deve ser sempre solicitado o acompanhamento do transporte escolar pela PSP/GNR ou Serviços de Bombeiros;
3. Os perigos de intempérie, inusitados em alguns concelhos, estão circunscritos, no momento, à segurança na estrada dos nossos alunos (gelo);
4. Em caso de agravamento inesperado do estado do tempo que venha a determinar o encerramento antecipado, deve haver garantias de que há quem acolha as crianças na residência;
5. Na maioria dos casos teremos um dia de aulas normal.Quero em meu nome pessoal e institucional saudar o trabalho de articulação das escolas e de todas as autoridades intervenientes na Protecção Civil.

A DREN mantém o seu Gabinete de Segurança em alerta e naturalmente disponível para apoiar no necessário.

A Directora Regional de Educação do Norte
Margarida Moreira


Revivamos o poema de Brecht - Dificuldade de governar
1
Todos os dias os ministros dizem ao povo
Como é difícil governar.
Sem os ministros
O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
Nem um pedaço de carvão sairia das minas
Se o chanceler não fosse tão inteligente.
Sem o ministro da Propaganda
Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida.
Sem o ministro da Guerra
Nunca mais haveria guerra.
E atrever-se ia a nascer o sol
Sem a autorização do Führer?
Não é nada provável e se o fosse
Ele nasceria por certo fora do lugar.
2
E também difícil, ao que nos é dito,
Dirigir uma fábrica.
Sem o patrão
As paredes cairiam e as máquinas encher-se-iam de ferrugem.
Se algures fizessem um arado
Ele nunca chegaria ao campo sem
As palavras avisadas do industrial aos camponeses: quem,
De outro modo, poderia falar-lhes na existência de arados?E que
Seria da propriedade rural sem o proprietário rural?
Não há dúvida nenhuma que se semearia centeio onde já havia batatas.
3
Se governar fosse fácil
Não havia necessidade de espíritos tão esclarecidos como o do Führer.
Se o operário soubesse usar a sua máquina
E se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para tortas
Não haveria necessidade de patrões nem de proprietários.
E só porque toda a gente é tão estúpida
Que há necessidade de alguns tão inteligentes.
4
Ou será queGovernar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira
São coisas que custam a aprender?

Bertold Brecht

Com as humildes homenagens do Director-geral

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A "Inducadora"

"Português Suave (sem filtro)"

A inenarrável directora regional de Educação do Norte, famosa pela desabrida forma como tratou um professor que terá dito uma graça sobre "o primeiro-ministro de Portugal", entendendo, em contrapartida, que encapuzar-se e, em plena aula, apontar uma pistola de plástico à cabeça da professora já é só uma brincadeira de mau gosto, voltou à ribalta, e de novo pelas melhores razões: um ofício dirigido às "suas" escolas sobre o não menos famoso "Magalhães", que a doutora (do latim "doctor", aquele que ensina) redige numa língua inédita, vagamente parecida com o português. Algumas passagens do documento são verdadeiros clássicos do português técnico, versão Ministério da Educação. Repare-se, por exemplo, neste naco de prosa: "O pagamento dos Magalhães, nos casos em que a isso os pais sejam obrigados, estão a receber informação por sms devendo, em todas, constar a entidade 11023". Mas o resto, designadamente a inovadora técnica de pontuação que é pegar em vírgulas e atirá-las ao ar a ver onde caem, não é menos esclarecedor do nível hoje exigível para se ocupar um alto cargo educativo em Portugal. António Pina, no JN de hoje

Vejam mais pérolas aqui:
"Determino:
...
3. Os perigos de intempérie, inusitados em alguns concelhos, estão circunscritos, no momento, à segurança na estrada dos nossos alunos (gelo);

Bem sugere o Director-geral: entende-se melhor esta inducadora se falar em castelhano, mesmo macarrónico...
Reitor

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A Pernóstica Ataca De Novo


Señor presidiente ejecutivo / director de la escuela
Tomando a cuidado de el que si los mantener, algunas zonas, las situaciones de la alarma tenían la nieve o el hielo, yo determino:

1. Las orientaciones del districto el Protecção civil municipal/son imprescindible de modo que algunas escuelas no se abran y/o no se cierren mañana;
2. En caso de ser necesario el cierre después de que el principio de lecciones se deba siempre solicitar el acompañamiento del referente al transporte de la escuela para la Guardia Civil o los servicios de bomberos;
3. Los perigos del intempérie, inusuales en algunos concelhos, se circunscriben, en el momento que, a la seguridad en el camino de nuestros pupilos (hielo);
4. En caso de la provocación inesperada del estado del tiempo que viene determinar el cierre anticipado, debe tener garantías de eso tiene quién recibe a niños en la residencia;
5. En la mayoría de los casos tendremos un día de lecciones normales.

Deseo en mi nombre personal y del institucional saludar el trabajo del empalme de las escuelas y todas las autoridades que intervienen en el Protecção civil.
La DREN mantiene a su gabinete de alarma y por supuesto a protector de seguridad disponible el soporte en el necesario.
La Directora regional de la educación del norte
Margarita Moreira



Entenderam!
Quem assim escreve só pode ser directora regional da inducação do Norte, carago!
Director-geral

Escândalo Atrás De Escândalo

Um escândalo de ontem com um ex-ministro de Guterres:

Ingleses suspeitam de corrupção de ex-ministro de Guterres no caso Freeport


Um escândalo de hoje com um ex-ministro de Guterres:

A medida permitirá aos municípios recorrer ao ajuste directo para contratos até 5,1 milhões de euros no caso de empreitadas de obras públicas e até 206 mil euros para aluguer ou compra de bens móveis ou prestação de serviços.

Gravissímo, nas palavras de Saldanha Sanches

Uma chuchadeira, digo eu.
Reitor

domingo, 11 de janeiro de 2009

Não Temam. Sejam Corajosos Porque A Coragem Pega-se!

Ontem, 139 (podia ser mais um...) PCEs de todo o país - ou melhor, quase todos do Norte e do Centro, que os de Lisboa e do Sul estão bastante adesivados - fizeram uma reunião histórica. Não me lembro de alguma vez um grupo de PCEs de várias regiões do país terem reunido, por sua iniciativa. Muito menos, para bater numa medida política do Governo.
Bastava isto para dar os parabéns a estes (as) Senhores (as). E logo no premonitório dia 10 de Janeiro...

O Ramiro conseguiu elencar 10 virtudes deste encontro. Não vejo tantas como ele.

Mas vejo algumas que ele não viu:

- Estes Senhores e Senhoras fizeram aquilo que a maioria dos portugueses não consegue fazer, embora comemore o 25 de Abril todos os anos: Erguer-se, Levantar-se, Endireitar a espinha.

- Estes 139 PCEs reuniram e discutiram um assunto que está no centro da agenda política, quentissímo, sabendo muito bem que o faziam contra a vontade do Governo, sabendo muito bem que desafiavam um Patrão cuja prepotência política aconselhava o silêncio e a imobilidade. Esta reunião está para o Governo como a lança está para a fera: é curta, mas não deixa de ser um dardo. E, se a fera perceber que a mão que segura a lança é forte, recuará.

- Estes 139 PCEs reuniram e discutiram um assunto incómodo para o Governo sabendo que a fera se prepara para os avaliar pelo SIADAP e que os directores regionais, com particular destaque para a Margarida "Popota" Moreira, os vão marcar bem marcadinhos. Mesmo assim, Ergueram-se mostrando que nem sempre o fraco rei faz fraca a forte gente...

- Estes Senhores e Senhoras PCEs decidiram mostrar a lança à fera. Para que ela a veja bem: durante a semana vão entregar à Ministra - que não os vai receber, quase punha a minha mesada - um manifesto contra o modelo de avaliação.

- E, pelo caminho, ainda tiveram tempo de trilhar as partes do Conselho das Escolas. O chá serve-se frio: "os PCE decidiram reforçar a posição do Conselho de Escolas, pedindo a suspensão do modelo de avaliação".

- E, sabiamente, anunciaram à fera que a caçada ia continuar no sábado, dia 7 de Fevereiro.

Foi pouco, dizem alguns, talvez os mais "corajosos" que ficaram em casa...
Foi muito, dizem alguns, talvez os que esperam que sejam os outros a defender as suas casas...
Quantos "poderosos" deste país, gente "forte", baixaram já a bolinha às investidas destes governantes?

Quantos "fortes" da economia, da finança e da política engoliram já em seco as mentiras e falsidades desta fera?

Quantos portugueses, gente "forte" já vergou a espinha e lambeu os sapatos dos ex-pastores dos montes Hermínios?

Eu faço-lhes a justiça de dizer que nem foi muito nem foi pouco. Foi talvez o necessário e certamente o possível neste momento e com as condições existentes.

Estes 139 PCEs fizeram aquilo que os seus "colegas", mais de mil, não conseguriram ou não quiseram fazer. Estão de parabéns.

É claro que nesta altura da refrega, palavras já sabem a pouco...

Obviamente, estes PCEs e outros a quem consigam inocular um grãozinho de coragem e se lhes venham a a juntar, não vão conseguir fugir ao destino e dar o passo que falta. Se quiserem manter esta atitude de coragem e firmeza vão ter de pedir a demissão. Não terão outra saída.

É certo que a fera não lhes aceitará a demissão. Mas ficará o gesto. E em política, o gesto é tudo.

E também é garantido que terão a eleição garantida, lá para Maio, quando se candidatarem a Directores.

Reitor

Excelente Petição

Na falta de governantes com juízo - os nossos colocam os seus filhos nas escolas privadas - restam os pais e encarregados de educação dos alunos para defender a Escola Pública. Graças a Deus.

Assim, e pelo exposto, os Pais e Encarregados de Educação abaixo assinado, requerem a Sua Ex.a a Ministra da Educação:

Os abaixo-assinados:
Subscreva esta petição em http://www.petitiononline.com/minedupt/petition.html

Reitor

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Siga. Até Outubro.

"Deputados do PS, professores, que votaram ontem contra os professores"


O Ramiro fez um bom trabalho.
Destapar alguns dos "nossos" incompetentes "representantes políticos" é um trabalho meritório que competiria, em qualquer país civilizado, aos meios de comunicação social.
Em Portugal, os meios de comunicação social estão ocupados a ... mamar.
Adenda: Vejam o título da "obra" do deputado do círculo de Braga, Ricardo Manuel Ferreira Gonçalves: Romance, "Carneiros em Transumância, Imigrantes Clandestinos"
Reitor

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

As Cartas de Paulo Rangel

Via Umbigo

Quem esteve ao lado dos que sugeriam a suspensão, por maioria de razão, só pode– agora - estar do mesmo lado, quando está em causa um diploma verdadeiramente vinculativo. Um diploma aberto, apartidário, que visa restabelecer a normalidade nas escolas, apresentado quando o impasse se reforça e o Governo pode vir ser obrigado a respeitar uma decisão da Assembleia da República.
Para tanto, o PSD promove o debate potestativo de quinta-feira, 8 de Janeiro, em que apresenta um projecto-lei que visa precisamente a suspensão do modelo em vigor e a sua substituição por um modelo transitório para 2008/2009 e por um modelo novo para os futuros anos lectivos. Além do mais, o PSD, nos termos regimentais, aceitará o agen­damento de projectos de outros partidos que visem a mesma finalidade. Para nós, não está em causa qualquer vitória político-partidária; está, sim, em jogo a devolução às escolas de um clima de normalidade. Se houver alguma iniciativa alheia que reúna maior consenso e que dê um contributo positivo para a solução da crise escolar que Portugal atravessa, o PSD estará ao lado dela.

Reitor

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Está na Hora

Está na hora de os professores com assento nos Conselhos Gerais Transitórios travarem o passo aos adesivos.
Já vi notícia de que alguns dos actuais Presidentes de Conselho Directivo estão a ser eleitos Directores de Escola.
Também se sabe que a eleição do director depende e é da responsabilidade de vários professores da escola. Perto de 50% dos votos.
Penso que está na hora de alguns dos Presidentes adesivos, que têm ajudado a atormentar a vida de muitos professores nas escolas, receberem uma nega na eleição para Director, caso se candidatem, como penso que vai acontecer com a esmagadora maioria.
Uns bons votitos contra os adesivos candidatos a Director seria também um bom sinal do apreço que os professores têm por aqueles que, de forma canina, se têm subjugado aos interesses políticos do momento.
E seria a melhor forma de os avaliarem.
Está na hora.
Reitor

Não Há Almoços Grátis

No dia 5/12/2008, Manuel Alegre e outros deputados socialistas votaram a favor dos projectos de resolução (do BE, PCP, PSD, CDS-PP e PEV) a favor da suspensão do processo de avaliação dos professores. Manuel Alegre foi a estrela da companhia.
Falou-se tanto da sua independência, da sua coragem, da sua verticalidade que até eu, que já passei a idade de acreditar nos homens (nas mulheres acredito sempre) ia levando uma abada. Estive quase quase a acreditar num político socialista.

Pousou a poeira e, a bem da verdade, pode-se dizer que o camarada Manel não me desilludiu.

Nem perdeu, ainda, aquele espírito revolucionário e de defesa da liberdade acima de tudo.
Ontem, depois de um famoso almoço e de uma famosa entrevista em que o líder do PS admitiu vir a convidar Manuel Alegre para entrar nas listas do PS, se este assim entender, ficámos a saber que Alegre se

abstém [na votação sobre a proposta de suspensão da avaliação a apresentar pelo PSD] e pode levar consigo outros votos de socialistas críticos. "Não me deixo instrumentalizar", afirma. "Mantenho a minha posição a favor da suspensão deste modelo de avaliação, continuo solidário com os professores, mas não me deixo instrumentalizar"

Porque não te deixas "instrumentalizar" absténs-te de votar a favor da proposta do PSD, sendo tu a favor da suspensão da avaliação, se percebi bem Manel?
Ó Manel! Bate com a mão no peito e diz que és um homem livre!
Diz que não te deixas instrumentalizar! E que em ti ninguém manda!

Que nós acreditamos!

Assume-te como o paladino do socialismo, da liberdade e da democracia!

Canta a liberdade!

Sê vertical e honesto nas tuas opções políticas!

Vota hoje a favor da suspensão da avaliação, amanhã abstém-te e, depois da amanhã, vota contra ou... vota de novo a favor que nós não nos importamos.
Tu és um homem livre! Tu és um homem justo! Tu és fraterno! E nós acreditamos.
Diria até que és o homem e mais livre, mais justo e mais fraterno de Portugal (ponho a mão no peito ao dizer isto).
Canta a liberdade, canta a honradez, canta a verticalidade... Nós acreditamos em ti. Nós estamos contigo.

Reitor

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Não Tenham Medo

A recusa da entrega dos objectivos individuais é, antes de mais, uma questão política. Não é uma questão legal. Pode ter consequências legais mas os professores são profissionais responsáveis e conhecem tais consequências; contudo, não são elas que importam neste momento. O que importa é mantermos a união e a unidade. O que importa é continuarmos a mostrar inequivocamente ao ME que rejeitamos o seu modelo de avaliação pelo que nos recusamos a participar nas etapas do seu processo. O que importa é mantermos a consciência de que estamos a defender bens superiores: a Escola Pública portuguesa, a dignidade docente, a qualidade do serviço prestado junto dos nossos alunos. É isto que está em discussão, não é o quadro legal de uma recusa em que somos unânimes. (SPGL, via Ramiro Marques)

Onde é que eu já li algo parecido com isto?
Reitor

Mentes Com Quantos Dentes Tens Na Boca

O ingº Sócrates, Primeiro Ministro de Portugal deu ontem uma entrevista à SIC.
Além do cansaço que este senhor causa a quem o vê e ouve, notei muito mais nervosismo que o costume. Ricardo Costa com aquele ar de Iroquois entrou sempre a matar causando visível atrapalhação no nosso primeiro.

Duas piadolas mostram o calibre deste artista:

1 - Relativamente aos apoios do Estado aos BPN e BPP, o primeiro-ministro frisou que o Estado " não salvou bancos, mas salvou os portugueses da falência deses bancos. Não quis salvar banqueiros, mas defender os portugueses e os depositantes".

2 - Relativamente à avaliação dos professores:

"O que havia antes era um simulacro de avaliação, não era séria nem credível. O Governo não cometeu o erro de desistir do processo de avaliação, de ignorar algo que acontecia há 30 anos"

O actual modelo "responde ao essencial" e que promove uma “melhoria do estatuto social do professor”, que durante 30 anos não existiu.

Perceberam bem?

Resumo da história: A avaliação dos professores feita nos últimos 30 anos foi um equívoco, uma burla. Nunca existiu de verdade. O que acontecia era um simulacro de avaliação imposta e promovida, durante 30 anos, por sucessivos Governos democráticos, alguns dos quais o ingº também fez parte. Foi preciso chegar o Governo deste grande líder, cujo exemplo dado ao povo se afere pela forma como obteve as suas habilitações, para acabar com uma avaliação de desempenho dos professores faz-de-conta e instituir um novo modelo que, vejam bem a fineza, vai promover uma "melhoria no estatuto social do professor"

Moral da história: Os professores não devem cuspir na mão de quem lhes dá o pão.

Reitor

domingo, 4 de janeiro de 2009

Opção: Não Entregar os Objectivos Individuais

O Paulo Guinote postou três vezes sobre as opções dos professores perante o simplex2, um poste por cada uma das opções que sintetizou, pela ordem que se segue:
- Aceitar o Simplex
- Pedir a Aplicação Extensiva da Avaliação
- Não Entregar os Objectivos Individuais
Sobre esta última hipótese, que partilho, diz o Paulo: "É a atitude mais coerente de quem recusa este modelo de avaliação, com ou sem simplex".

Sou um pouco mais assertivo: a não entrega dos Objectivos Individuais é a única atitude que pode fazer com que o modelo de avaliação instituído pelo Decreto - Regulamentar nº 2/2008 seja abandonado. Se não por este Governo, pelo próximo. Este Governo há-de chegar ao fim de Julho a dizer que os professores foram avaliados. Mesmo que, de facto não o venham a ser ou, mais certo, seja uma avaliação como a que aconteceu com muitos contratados em Julho de 2008 (esta amiga do peito diz-me que, ela e os colegas, foram todos "corridos" a Bom porque a Presidente não tinha critérios para distinguir os muito bons e excelentes)

A recusa dos professores em entregar os objectivos individuais (OIs) não fará parar o processo. O ME já tem saída para essa “crise” a qual passa, em última análise, pela interpretação legal de que a apresentação de OIs neste processo simplificado não é obrigatória nem imprescindível.
O discurso oficial será este:
O Jorge “Sinistro” Pedreira virá à TV, com aquele ar de licranço, informar-nos a todos de que o modelo simplificado não exige a apresentação do OIs pelos professores.
Que, desde o início, ao assumir um modelo simplificado de avaliação para este ano, o ME nunca pensou em exigir OIs aos professores.
Só os professores que o pretendam, porque temos de dar liberdade aos professores, dirá o manhoso, é que podem entregar objectivos individuais ao PCE.
Não é nem nunca foi obrigatório, até porque os OIs são definidos para o ciclo de 2 anos – excepto os que dizem respeito aos resultados e abandono escolar que não entram neste 1º ciclo de avaliação.

A não apresentação de objectivos individuais é uma tomada de posição de relevante significado profissional, simbólico e também político. Os professores dão os seguintes recados ao ME:
Profissionalmente
1 - O vosso modelo de avaliação é tão medíocre, tão medíocre que os profissionais a quem se aplica não o querem (fora a Armandina “€25.000” Soares e os seus doze muchados, mas isso é outra história).
2 - Este modelo de avaliação é uma perda de tempo e não serve para melhorar a qualidade do trabalho prestado pelas escolas por isso os professores não se associam a ele.
Simbolicamente
3 - Os professores não têm medo deste ministério da Educação que os oprime. E são capazes de lutar contra a iniquidade sempre que estão em causa injustiças, desonestidades, falta de rigor e de isenção, venham elam de onde vierem. Lutem portugueses, "Este é o tempo de resistir às dificuldades, aos obstáculos, às ameaças com que cada um pode ser confrontado. Não tenham medo" (Cavaco dixit).
E dão também alguns recaditos políticos ao Governo:
4 – Os professores viram as costas a esta medida governamental (avaliação) porque ela é muito prejudicial à escola pública, aos próprios professores e aos alunos.
5 - Os professores acham este modelo de avaliação tão injusto e tão perverso que não estão para se sujeitar a ele. E lutam contra ele com prejuízos pessoais na carreira e no vencimento.
Só recusando ser avaliado por este modelo de avaliação se mostra, urbi et orbi, que o mesmo não serve para avaliar bem os professores.
A hipótese de os professores que não entreguem os OIs poderem atrasar a progressão e perder vencimento não me parece viável porque, por um lado, ao não entregarem objectivos os professores não estão a recusar ser avaliados e, por outro, se forem muitos a fazê-lo o Governo dificilmente os prejudicará, mesmo que queira. A questão da perda de vencimento e da não progressão são papões com que o Governo e o seus comissários acenam para lançar o pânico nos professores. Não tenham medo.
E com os contratados é a mesma coisa: algum contratado deixou de o ser pela avaliação feita em Julho de 2008? Eram milhares os que em Outubro ainda não tinham sido avaliados... e estavam já contratados e a dar aulas.
De mais a mais e na pior das hipóteses, seria aqui que poderiam entrar os sindicatos e a solidariedade profissional. Afinal, foram os sindicatos - Plataforma - que disseram aos professores em 08/11/2008: Recusem esta avaliação; Não Entreguem os Objectivos.
Se os sindicatos se organizarem e organizarem apoios aos docentes, nenhum verá a sua progressão afectada pela na entrega de OIs. Nada haverá a temer.
Não tenham medo.
Os adversários estão em coma desde Março/2008.
Reitor

sábado, 3 de janeiro de 2009

Cuidado com os mansos

Já se percebeu que o "professor dos afectos" é exímio na arte de bem aparecer na fotografia.
Qual Jesus de Nazaré, caminha sobre as águas do mar revolto da avaliação dos professores. Sempre à superfície, foi escrevendo dezenas de crónicas e postes. Acreditou, desacreditou, defendeu, contestou, analisou, teorizou, citou...
Ainda hoje estou para saber o que pensa ele sobre o assunto.

É contra ou é a favor deste modelo de avaliação dos professores? Acha que os professores devem lutar contra este modelo ou acha que devem baixar os braços?

Achará as duas coisas. Que os professores devem ter os braços semi-erguidos.

Se era a favor do modelo de avaliação, porque não o defendeu com clareza!
Se era contra o modelo, porque aceitou ele a designação governamental para o CCAP?
E colaborou empenhadamente, suponho, com a respectiva Presidente que publicou a primeira recomendação sem o ouvir e que, à primeira contrariedade, o abandonou assim como a todos os professores?

O "nazareno"ali dos lados de Gondomar ("valentina" terra) poderia ter sido útil aos professores. Bastava que dissesse de uma vez ao que vinha. Mas não foi. Mas não disse.
Sempre serviu o seu amo e, em plena véspera de Natal, referiu-se aos professores como "pobres coitados".


Na véspera de Ano Novo, o defensor dos justos, atacou de novo:

"O que agora foi re-decretado é um modelo expurgado dos aspectos mais polémicos e perversos (resultados e abandono com impacto directo na classificação individual do professor, fragmentação e atomização gerada pela miopia objectiva das grelhas…"

Não. Nada disso. O que agora [ainda não] foi "re-decretado" não expurga os aspectos mais polémicos e perversos: quando muito, expurga os aspectos ilegais (misturar avaliação dos alunos com a avaliação dos próprios professores) e mantém as grelhas.
E, mesmo que as expurgações mal anunciadas pelo "nazareno" viessem a ocorrer, mesmo assim, mantinham-se os aspectos mais polémicos e perversos:
1 - Divisão artificial da carreira
2 - Avaliação por avaliadores menos habilitados e competentes que os avaliados
3 - Existência de quotas
4 - Excessiva burocracia e impraticabilidade do modelo e dos procedimentos

E continua "jesus"

"As questões que importa agora colocar são, a meu ver, as seguintes: faz sentido manter uma exigência de suspensão de algo que não existe? Agendar agora a revisão do ECD, por falta de objecto (avaliativo)? Têm os professores condições de vitória? Têm a capacidade de resiliência necessária para manter um longo conflito? Os direitos dos alunos conseguirão ser preservados (ou minimamente afectados), considerando que o primeiro dever profissional os deve ter como referência? Podem ter como aliados os pais e a opinião pública?

Qual a solidariedade deste "professor" com os professores?

Porque usa JMA um discurso que favorece apenas o ME?

Porque lança no seio dos professores - grupo do qual ele fazia parte até há bem pouco tempo - a dúvida subtil, a antecipação de obstáculos, o cenário da derrota?

Melhor propagandista não poderia ter o ME. E, ainda por cima, vestindo a pele de cordeiro: professor, ar sério, pessoa ponderada, pausada, reflectida, apaziguadora...

E veja-se a preocupação deste professor do ensino superior com os interesses dos alunos: quem, no país, tem dado mais provas de defesa dos interesses dos alunos senão os professores que até fizeram manifestações ao sábado?
A quem interessam as reflexões de JMA sobre avaliação do desempenho dos professores?
JMA é um demagogo ao serviço da política socialista!

"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores." (Mateus 7:15)

Reitor

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Palito Ortega "Canta" de novo

O presidente do Conselho das Escolas, Álvaro Santos, não concorda com a maior parte dos argumentos que estão na base da convocatória da reunião de presidentes de conselhos executivos de todo o país sobre o processo de avaliação dos professores, prevista para 10 de Janeiro..

O presidente do CA diz não entender as razões da marcação da reunião de CEs. "Os conselhos executivos só têm de cumprir a lei. Não faz sentido dizer que estamos a ser pressionados a cumpri-la", contra-argumenta Álvaro Santos. E também não percebe por que é que os subscritores do documento aprovado em Coimbra acusam o Governo de querer implementar "um qualquer modelo de avaliação" "a todo o custo".

E, quanto à possibilidade de ser avaliado pelo SIADAP expele, com a ânsia dos adesivos:
"Já eu só desejo saber, definitivamente, como seremos avaliados".
Lambão, conta já com o seu lugar na quota, por antecipação, à custa dos serviços prestados. Era bem feito que saísse o tiro pela culatra a este melrinho.

Álvaro Santos frisa que, apesar de não partilhar as razões de queixa, não contesta a realização da reunião nem pensa que ela possa constituir uma desautorização do órgão a que preside .

Não, não. Que estejam bastantes na dita reunião, que saia de lá uma posiçãozita capaz de arrastar atrás de si o apoio da maioria dos Presidentes das escolas do país e o Dr. Álvaro "graxal" Santos verá como se desautoriza o órgão a que preside.

Adenda: Ver Carta Aberta de Amélia Vieira ao Presidente do CE no blogue do Ramiro




Reitor