domingo, 1 de fevereiro de 2009

Ver pequeno entre os grandes

João Marcelino, director do DN, diz no seu artigo de opinião:

A pressão do chamado caso Freeport apenas pode ser ultrapassada de duas formas por José Sócrates - ou aguardando pelo final de um processo que o coloque acima de todas as suspeitas (o que dificilmente acontecerá em tempo útil antes de todas as eleições previstas para este ano, porque a justiça tem os seus tempos) ou vendo reconhecida pela generalidade dos cidadãos a sua determinação e capacidade para tomar medidas e seguir em frente.

A pressão do caso Freeport sobre Sócrates só pode ser ultrapassada de duas formas? Apenas de duas formas, sr. director? Já agora, como consegue Sócrates ver "reconhecida pela generalidade dos cidadãos a sua determinação e capacidade", hem? Telefona-hes?

Não fosse o jornal que Vexa dirige um grande jornal, sempre coladinho ao poder de ocasião, é certo, e diria que Vexa pensa como um jornalista estagiário e escreve como, deixe-me utilizar um termo que Vexa utilizou, como um refém. Não do "espaço tradicional"que Vexa refere, nem das coisas pequenas. Não senhor. Vexa escreve como um refém do poder.

Diz Vexa que o Sócrates só pode esperar pela justiça (que nunca mais chega. Aliás, que nunca chegou a nenhum político) ou então seguir em frente. Vistas curtas, pensar pequeno, estar refém de interesses de momento, é o que é.

Porque me chamam para ir tomar café, vou apontar-lhe (e ao Sócrates) outras saídas:

Vamos lá ver. Perante este escândalo nunca visto, nem aqui nem no estrangeiro como bem refere JAS no SOL: "esta é a mais grave suspeição que se levantou em Portugal relativamente a um governante. E mesmo a nível internacional um situação destas é invulgarissíma", o ingº Sócrates tem estas possibilidades:

1 - Demitir-se
2 - Desaparecer
3 - Fugir para o Nepal
4 - Fugir para o Butão
5 - Fugir para o Quénia
- Fugir para mais uns 130 países esconsos....
...........
136 - Confessar o crime, apenas no caso de ser culpado, naturalmente
137 - Apresentar-se numa esquadra da PSP ou da GNR, verificada a possibilidade nº 136
138 - Fazer de morto como faz a Lurditas
139 - Mostrar ao país de que forma ganhou dinheiro para pagar os seus bens
140 - Suicidar-se. Atenção: não recomendo a ninguém que se suicide. Não só pelo prejuízo para o erário público como porque se morre mesmo e depois não se pode ver televisão
Aqui ficam sr. João Marcelino director, mais 140 possibilidades à escolha do ingº Sócrates para ultrapassar as dificuldades que os outros, sempre os outros, lhe trouxeram com este caso do centro comercial.
Reitor

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