quinta-feira, 30 de abril de 2009

Poupem as Munições

Eu bem avisei o Ramiro que iria chover.

Ele, insatisfeito, disparou mais uma vez. Com chumbo muito grosso, desnecessariamente.
E veio a chuva. Primeiro de mansinho, depois e grossas bátegas. Choveu! E de que maneira!

Os professores têm pela frente, há muito tempo, uma dura luta. Uma guerra.
Um guerra que se joga em todas as frentes: na frente profissional, jurídica e política.
Também se joga nas eleições, obviamente.
Joga-se todos os dias e não apenas em Outubro, obviamente.
Joga-se com OIs, sem OIs, com ficha de AV e sem ficha AV, com greves e com manifs. No supermercado e no Parlamento. Vale tudo.
E há infiltrados; e há estrategos de pacotilha; e negociadores em bicos de pés; e vaidosos e falsos humildes; e engravatados de colarinho sebento; e corajosos e acagaçados. (não, não é remoque para ninguém). Há de tudo um pouco.
Só não há líderes.
Os soldados são muitos e os líderes não se vêem. A progressão será lenta. E a luta paciente.
Reitor

2 comentários:

  1. Caro Reitor,

    Concordo em pleno com a sua opinião. Não sendo professor não tomo "partido" de nenhuma das duas "partes". Mas o que é certo é que se os professores querem pôr termo a esta brincadeira, têm de se unir de alguma forma.

    No entanto, dou duas opiniões:

    1º A comunicação social distorce tudo. Toda a gente sabe, só "passam" o que lhes interessam. Além disso é estúpido usar a comunicação social para chegar aos professores, visto que a comunicação social chega a toda a gente.

    2º Também não faz sentido usar os blogues como meio de chegar aos professores. Primeiro porque também está acessível a toda a gente (eu não sou professor). E segundo porque há professores que nem ligar um computador sabem, muito menos aceder e comentar num blogue.

    As coisas têm de ser feitas à maneira antiga. Se querem resistir, então arranjem uma liderança, façam uma organização, qualquer coisa.

    Apenas têm de se manter coesos. Se há coisa que me choca é ter professores em "guerra fria" uns com os outros, quando no fundo todos querem o mesmo.

    É apenas a minha opinião, mas de facto não estou muito dentro do assunto.

    Cumprimentos,
    José Pedro Sousa

    http://watermusik.wordpress.com

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  2. A coisa complicou-se quando praticamente todos embarcaram na aceitação da avaliação. Aquela palavra de ordem "avaliação sim" que se ouviu nas manifes deixou-me os cabelos em pé - estava à vista o buraco. A avaliação destrói a cooperação, dá força à divisão atribuindo aos titulares (de quê) a função.Recusar participar em toda a palhaçada era o único caminho.Quais OIs, quais grelhas, quais portafolhas, quais aulas encenadas! Os "chefes" que se ocupassem da batata e logo se veria o tratamento a dar-lhes depois.
    Suspeito que embarcaram com medo da opinião pública mas foi triste. A gravidade da avaliacão estava à vista.

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