segunda-feira, 29 de junho de 2009

Chiu! Estamos à procura de um tacho

O Paulo falou ontem no caso e o Ramiro puxou-o hoje.

O caso não passaria de mais um caso de atraso, conveniente, na homologação dos resultados eleitorais não fosse...

Dar-se o caso de o artista José Ramos ser o mesmo José Alberto de Queirós Ramos membro do CCAP, por indicação do Conselho das Escolas. Vide aqui.

Ou seja e respondendo à estranheza do leitor devidamente identificado que solicitou o anonimato, a Margarida "Popota" está a cuidar da vidinha de José Ramos. Afinal, se não se arranjar uma impugnação qualquer, são logo três tachos que se perdem: o de director, o de membro do Conselho das Escolas e o de membro do CCAP. Três criados em um.

Já viram o prejuízo que seria para o ME perder três criados de uma vez só? Por isso é que a coisa anda de seca para meca e de meca para seca.

É preciso arranjar uma solução. Não estranhem.

Reitor

Até eu rasgava

domingo, 28 de junho de 2009

Só se atiram pedras às árvores que dão fruto

"O líder do PCP acusou hoje em Braga a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, de querer apresentar o partido como «impoluto e com o conta-quilómetros a zero como se nada tivesse a ver com a condução da governação do país"

Reitor

E os interesses dos portugueses?

"Cavaco Silva foi sensível aos argumentos da maioria dos partidos políticos e decidiu marcar as eleições legislativas para dia 27 de Setembro"


Cavaco tinha saída muito estreita. Afinal, era apenas o PSD - o seu Partido de sempre - que pretendia a simultaneidade das Autárquicas com as legislativas. Marcá-las simultaneamente seria abrir o flanco às críticas de toda a oposição e, mais grave, fazer incidir sobre si as luzes da ribalta política do momento - luzes que iluminam Manuela F. Leite e relegam Sócrates para a sombra - sem qualquer necessidade e em desfavor da imagem de isenção que cultiva.
É certo que a decisão de Cavaco favoreceu a maioria dos Partidos. Foi de encontro aos seus interesses. Falta saber se a questão fundamental a decidir por Cavaco era essa: o interesse dos Partidos. E ainda se o interesse dos Partidos é idêntico ao interesse nacional, ao interesse da maioria dos portugueses.
Fosse eu a responder e as respostas seriam Não e Não. E marcaria as eleições legislativas em 11 de Outubro, no mesmo dia em se se realizam as autárquicas.
Cavaco foi eleito directamente pelos portugueses e não pelos Partidos políticos. Logo, deve ter sempre presente o interesse de Portugal e não o interesse dos Partidos. Obviamente, se há casos em que os interesses de uns coincidem com os dos outros, este não é certamente um desses casos.
Se perguntarem a vocês próprios e às vossas famílias se haveria alguma confusão em haver dois boletins de voto correspondentes a duas eleições diferentes - e não seria o primeiro caso em Portugal - ninguém responderá afirmativamente. Todos se acharão com capacidade e maturidade suficientes para distinguirem as coisas. Aliás, da parte que me toca, até sinto que os políticos me apoucam sempre que defendem dois actos eleitorais com 15 dias de diferença alegando que eu e os meus concidadãos poderíamos confundir as coisas e que eles - Partidos- não teriam o tempo suficiente para nos explicarem as suas opções e programas. Querem é tacho.
Portanto, não tenho dúvidas:
1 - Os portugueses preferiam as eleições no mesmo dia. Perguntem-lhes!
2 - Poupavam-se imensos recursos económicos e financeiros com apenas um acto eleitoral. Façam as contas!
Cavaco, neste caso, pôs o interesse dos Partidos e o seu interesse à frente do interesse nacional.
É pena.
Reitor

sábado, 27 de junho de 2009

Mais Dois Intrujões Pagos A Peso de Ouro

Já não chegava ao país ser governado por num primeiro-ministro mentiroso:

"Ferreira Leite acusou esta quarta-feira José Sócrates de ter mentido quando disse desconhecer as negociações da Portugal Telecom com o grupo Prisa, que prevê a compra de uma comparticipação de 30% na Media Capital, detentora da TVI"

A mentira é como a peçonha. Quem se junta a mentirosos mentiroso vem a ser. Fatalmente.
Desde ontem noite que sabemos que estes dois funcionários públicos mentiram com quantos dentes têm na boca, tal como fez Sócrates. A este vamos despedi-lo em 27 de Setembro. Resta saber porque é que o nosso Estado de Direito aceita que aqueles dois funcionários continuem no cargo quase 24 horas depois de sabermos que mentiram.
É por estas que o país não avança.
Reitor

Cobre-te Maria de Lurdes. Tem Vergonha.

"As quotas pretendem contribuir para abalizar a atribuição das classificações de mérito, numa primeira fase em que o processo está em fase de implementação e ainda não existe uma cultura de avaliação consolidada que permita uma correcta diferenciação das classificações”

E não apouques, mais uma vez, os professores deste país.
Não sejas fingida.
Reitor

quarta-feira, 24 de junho de 2009

albino almeida, What Else?

«Os alunos com dislexia têm direito a essa meia hora e os com necessidades especiais têm provas adaptadas e uma das adaptações é também o tempo. Isso está na lei e lamento profundamente que alguns professores tenham este grau de desumanidade», Albino Almeida dixit

O muito humano pai dos pais, que dirige a CONFAP como se precisasse que esta lhe assegurasse o sustento, é um acérrimo defensor dos direitos dos alunos e das famílias. Bem haja Bino (espero que não se importe com este diminutivo tratamento, preenhe de carinho).


E quer identificar e denunciar os professores que não cumprem a política educativa do ME:

«O que pretendemos agora é que esta denúncia seja identificada para que a mandarmos para a Inspecção Geral da Educação para no Futuro garantirmos que aquilo que é a política educativa do Ministério se cumpra em todas as escolas do país»

Apoiado Bino. Deves denunciar ao Ministério da Educação o grau de desumanidade com que os professores tratam os pobres alunos.
E, também estou de acordo contigo, que todos os pais serão poucos para ajudar o ME a cumprir a política educativa em todo o país. Mas, deves ter atenção à linha de fuga: que dirás tu e a a tua confarpas quando este governo for corrido e todos os bajuladores que lambuzam a Milú começarem a denunciar a sua perniciosa "política" educativa: os males causados à escola com a avaliação dos professores, com o estatuto do aluno, com as aulas de substituição, com introdução descarada e maliciosa de propaganda nos assuntos educativos e escolares, com a gestão política e interesseira dos resultados dos exames, enfim, Bino. Nem precisas de responder.
Afinal, em 2009 serão SÓ 165.120,00 euros, não é assim Bino?

Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. (I Timóteo 6 : 10)

Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. (Mateus 15 : 19)

Reitor

terça-feira, 23 de junho de 2009

Não um, Não dois, Mas três. Três Directores e Um Subdirector

Diário da República, 2.ª série — N.º 119 — 23 de Junho de 2009

No norte não se faz por menos.

No "agrupamento" Vieira de Araújo, lá para os lados do Gerês, acabou-se com o conselho executivo e, de uma penada, nomearam-se um Director director, três Directores Adjuntos e um Subdirector.

Andam os sindicatos e os movimentos de professores a lutar contra o novo modelo de gestão e a figura de Director e, lá pra cima, nomeiam-se três de cada vez. E por "deliberação"?

Faço aqui um alerta ao Director Principal do "Ajuntamento" Vieira de Araújo:

A diferença que existe entre "deliberação" e "despacho" é a mesma que Vexa. julga não existir entre "Director Adjunto" e "Adjunto do Director".


Ao seu dispor.


Reitor

Alô Carlos Alberto! Há Mais Um Erro. No Exame de Geografia



Mais um erro num exame nacional. O GAVE não acerta uma. Este é de palmatória e mostra que a "malta" não sabe o nome das cidades/concelhos portugueses. Incompetência.

Reitor

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Mesmo Em Cheio Na Cachimónia

"Esta coisa da humildade está a dar resultado. Os comentaristas comentam, os analistas analisam, os entrevistadores entrevistam e…nem uma palavra sobre o Freeport. O choque e espanto causado ao país pela súbita decisão do primeiro-ministro de passar a ser humilde ofuscou para planos remotos todas as outras questões definidoras de carácter em que ele está envolvido.

Que interessa o Freeport e Lopes da Mota, a licenciatura e as casas compradas a offshore, os primos e o DVD, quando temos em mão um prodígio que rivaliza com as aparições mais miraculosas?" Ler o resto e chorar por mais

Reitor

Para Um Bravo Que Virou Mansinho Coelho



Eu fui à terra do bravo
Eu fui à terra do bravo
Bravo meu bem
Para ver se embravecia
Bravo meu bem
Para ver se embravecia

Cada vez fiquei mais manso
Cada vez fiquei mais manso
Bravo meu bem
Pela tua companhia
Bravo meu bem
Pela tua companhia

Eu fui à terra do bravo
Eu fui à terra do bravo
Bravo meu bem
Com o meu vestido vermelho
Bravo meu bem
Com o meu vestido vermelho

O que eu vi de lá mais bravo
O que eu vi de lá mais bravo
Bravo meu bem
Foi um mansinho coelho
Bravo meu bem
Foi um mansinho coelho

As ondas do mar são brancas
As ondas do mar são brancas
Bravo meu bem
E no meio amarelas
Bravo meu bem
E no meio amarelas

Coitadinho de quem nasce
Coitadinho de quem nasce
Bravo meu bem
Para morrer no meio delas
Bravo meu bem
Para morrer no meio delas

Não podia faltar...

No parecer do CCAP umas recomendações para dar a chucha àquelas universidades e institutos que todos conhecemos por rapinarem toda a formação possível: a que existe e a que se insinua pelas necessidades que eles próprios criam, como é o caso.
E, se estas recomendações foram aprovadas por unanimidade, é óbvio que nenhum membro do CCAP - a começar pelo Presidente - terá interesse que a sua universidade ou instituto participem nas parcerias que se vão criar, não es verdad...





Reitor



As Recomendações

O CCAP produziu umas quantas recomedações para ajudar o Governo a manter o simplex 2 da avaliação do desempenho dos professores.
Aqui vão as mais perigosas para os Professores, a Escola e a Educação

1.5. A avaliação do desempenho docente, a avaliação dos alunos, a auto-avaliação externa e a avaliação de programas e projectos se desenvolvam de forma articulada no sistema educativo e na escola. (a eterna confusão entre avaliação de professores e a avaliação dos alunos. É quase, quase a mesma coisa...)
2.1. A política de avaliação do desempenho docente e os respectivos instrumentos normativos nacionais adoptem, sem ambiguidades, uma matriz descentralizadora, atribuindo às escolas a responsabilidade pela formatação flexível dos seus dispositivos e instrumentos, no quadro do respeito por opções e princípios organizativos definidos a nível nacional. (Hum! Matriz descentralizadora? Será que se vai descentralizar, também, o vínculo dos professores e os concursos?
2.2 Os efeitos da aplicação de quotas para atribuição de menções qualitativas sobre o desempenho docente sejam devidamente ponderadas no quadro o sistema educativo. (Importam-se de explicar melhor, s.f.f.!)
3.1. O enfoque da avaliação do desempenho docente valorize a componente científico-pedagógica… tal como é identificada no perfil geral de desempenho profissional do educador de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário (DL nº 240/2001 de 30 de Agosto). (A ideia de carrear o diploma que estabelece o perfil de desempenho profissional em que assenta a organização dos cursos de formação inicial de educadores de infância e de professores para a avaliação de desempenho é uma ideia peregrina; uma completa asneira saída das iluminadas mentes dos formadores em avaliação de professores. Eles têm de vender a sua banha de qualquer forma).
3.2. A qualidade das aprendizagens dos alunos, incluindo a que e medida através dos resultados escolares constitua um foco central da análise reflexiva entre avaliadores e
avaliados, no quadro das estruturas de acompanhamento e supervisão. (Vai ser bonito, vai. No dia em que os resultados escolares entrarem na avaliação dos professores, acaba-se o insucesso)

Reitor

domingo, 21 de junho de 2009

O Servicinho do CCAP

Tal como o Ramiro, não gosto das Recomendações nº 5 produzidas pelos experts do CCAP. Cheiram-me a alho. Daqui, vejam lá!
Se é verdade que algumas das recomendações desancam no modelo de avaliação governamental, não é menos que o fazem relativamente ao defunto DR 2/2008 e NUNCA em relação ao simplex 2. Pelo contrário, até até ajudam o Governo, dando-lhe sugestões para a sua "boa" implementação.
A linha das recomendações nº 5 o CCAP é, toda ela esta: bater forte no 1º modelo de avaliação – Decreto-Regulamentar nº 2/2008 – e ajudar o Governo a levar a cabo, agora por mais dois anos, o simplex 2. Bate-se no bicho morto para que os professores e os seus representantes desviem o olhar do bicho vivo que lhes quer morder.
Pelos menos os professores que têm assento no CCAP tem obrigação de saber que o Simplex 2 é um modelo iníquo, promotor das mais graves injustiças dentro das escolas. É pior que uma avaliação feita a "olho" pois se, neste caso, ainda seria expectável a injustiça, com o Simplex 2 a injustiça vem disfarçada com as vestes de uma "modelo" de avaliação criado pelo Governo.
Esperava-se que o CCAP viesse dar uma mãozinha ao Governo e os ajudasse a fazer aquilo que deveria ter sido feito no dia 9/3/2008: o enterro deste modelo de avaliação até que se parrisse um novo.
Esperava-se que CCAP propusesse ao Governo que, até aparecer um novo modelo, os professores fossem Albertojoãoavalaidos, CDSavaliados, FENPROFavaliados ou então Avaliadoscomoantigamente.

O CCAP mais uma vez está a prestar um péssimo serviço aos Professores, à Escola Pública e à Educação.

Reitor

Misérias Humanas - Subserviência

Este CCAP do Ventura é diferente do CCAP da Conceição. Ambos são subservientes ao poder mas há uma diferença. A diferença da dissimulação.
A Conceição prestou-se ao serviço de largar a primeira recomendação em nome do CCAP, o qual nem sequer estava constituído. Ficou-se logo a saber a que senhor servia a Conceição e qual o grau de independência do Conselho.
O Ventura, mais esperto e avisado, quer passar a imagem da independência e da seriedade do CCAP. Por isso, tratou de produzir umas recomendações que criticam o (mais que morto) modelo de avaliação e abrem caminho ao Governo para continuar com o simplex 2. Logo mais falaremos disto.
Mas comecemos por ver o grau de independência do conselho e dos preclaros conselheiros.
Logo na 2ª página da recomendações surge o carimbo da (in)dependência do CCAP

Movido pela responsabilidade e pelo desafio que a sua missão lhe confere, este Conselho tomou a decisão de promover a realização de um estudo sobre a avaliação do desempenho junto de uma amostra representativa de escolas e docentes em Portugal Continental. No entanto, a tutela decidiu adiar a realização desse estudo

Resumindo: o CCAP, na santa ingenuidade dos senhores professores que o constituem, pensava que era uma estrutura científica independente. Que podia tomar decisões técnicas e científicas em plena liberdade e, segundo os seus membros, com plena “responsabilidade”. Vai daí “decidiu” (palavra maldita numa democracia aparentada como a nossa) fazer um estudo.
O Valter “Excesso de Faltas” Lemos, que sabe de trás para a frente e da frente para trás como está a decorrer a avaliação do desempenho nas escolas, chamou o Ventura ao seu gabinete e explicou-lhe como eram as coisas, mais ou menos nestes termos:
- Estudo? Bebeste? Não sejas nabo. Deves querer pôr a descoberto toda a m. que anda pelas escolas antes das eleições! Não se faz estudo nenhum. E agora desenrasca-te com o Conselho.
A tutela deciciu adiar o estudo que o CCAP tinha "decidido" promover...

"Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor aos senhores, não somente aos bons e humanos, mas também aos maus." (I Pedro 2:18)

Reitor

"Não me apetece saber que há um Paulo Pedroso preparado para ir protagonizar um dos mais obscenos momentos da nossa Vida Pública..."

Ler tudo aqui:

As Novas Fronteiras, hoje em dia, são uma reunião da Camorra Napolitana, com a ressalva para um punhado de totós que lá esteja, e está uma, pelo menos, de quem eu gosto muitíssimo, e a quem peço, desde já, desculpa por este texto, mas os Portugueses tinham mesmo de ser alertados para que as "Novas Fronteiras" só atiraram mais dejetos cá para fora, na figura do pimenteiro Vitorino, a alegria das saunas "bear", mas mais uma das formas da infelicidade decadente de que este
país se revestiu.
Arrebenta


Reitor

A HUMI(L)DADE SOCRÁTICA

Se Sócrates é humilde, então Salazar era democrata. Nas duas personagens, a pessoa e o atributo são antípodas perfeitos. Uma espécie de Portugal e Nova Zelândia, à face da terra. Diria até que Sócrates a fazer de humilde seria tão convincente como Maria de Lurdes Rodrigues a fazer de simpática, ou Valter Lemos a fazer de Marco Paulo (apesar da semelhança capilar…).
Para além de ser conhecido pelas marcas que “veste”, pretende, agora, o “ ilustre turista algarvio”ser conhecido pelas “que não veste”. Cansado de ser visto como o manequim do “Armani”, “deseja” agora ser reconhecido como o político da “ganga”, ou o socialista da “Xita”.
Seja como for, para além de lhe admirarem a elegância, os portugueses (e, sobretudo, as portuguesas) ficam rendidos ao estoicismo e capacidade luta e de esforço “político” do seu Primeiro-ministro. Quando o vêem a escorrer suor depois de uma longa sessão de Jogging, Sócrates é já um herói entre os corredores de fundo. E Carlos Lopes é logo esquecido. Quando o vêem no parlamento a “vender guarda-chuvas chineses” como se fossem de marca, ou a “garantir o paraíso aos pecadores, então o herói atinge a esfera do mito.
Nem os mais duros opositores duvidam que Sócrates se esforce, e muito, pelo seu projecto político para Portugal. Um projecto que passa pela absoluta necessidade de o país transpirar como ele próprio transpira. Não na rua, como ele, mas nas salas de aula, nos hospitais e nas fábricas …
Mas, agora aqui pra nós que ninguém nos ouve: será que o que sai pelos poros de Sócrates, nas suas famosas sessões de jogging, é verdadeiro suor?
Sinceramente, não me parece… Aquilo são mas é lágrimas!… Muitas lágrimas!… Lágrimas de pena!… Muita pena!…Pena dos portugueses pobres… Que são cada vez mais pobres. Pena dos professores, por trabalharem muito e ganharem pouco… Pena dos médicos, por não terem capacidade de perceber a “inteligente” reforma “Correia de Campos”… Pena dos que não são capazes de perceber as suas prodigiosas capacidades políticas… E é por tudo isto que ele hoje chora … com muita humi(l)dade humana…E com enorme humildade política.
Pena que haja gente desumana, meio céptica e desconfiada, como eu, e teimosa, como ele, jurando, a pés juntos, que o que sai dos poros molhados de Sócrates não passam de puras mentiras solvidas em suores de raiva; de doces promessas laboriosamente destiladas; de ambições condensadas na frieza de espírito de um ser geneticamente egoísta.

ABÍLIO R.

A HUMI(L)DADE SOCRÁTICA

Se Sócrates é humilde, então Salazar era democrata. Nas duas personagens, a pessoa e o atributo são antípodas perfeitos. Uma espécie de Portugal e Nova Zelândia, à face da terra. Diria até que Sócrates a fazer de humilde seria tão convincente como Maria de Lurdes Rodrigues a fazer de simpática, ou Valter Lemos a fazer de Marco Paulo (apesar da semelhança capilar…).
Para além de ser conhecido pelas marcas que “veste”, pretende, agora, o “ ilustre turista algarvio”ser conhecido pelas “que não veste”. Cansado de ser visto como o manequim do “Armani”, “deseja” agora ser reconhecido como o político da “ganga”, ou o socialista da “Xita”.
Seja como for, para além de lhe admirarem a elegância, os portugueses (e, sobretudo, as portuguesas) ficam rendidos ao estoicismo e capacidade luta e de esforço “político” do seu Primeiro-ministro. Quando o vêem a escorrer suor depois de uma longa sessão de Jogging, Sócrates é já um herói entre os corredores de fundo. E Carlos Lopes é logo esquecido. Quando o vêem no parlamento a “vender guarda-chuvas chineses” como se fossem de marca, ou a “garantir o paraíso aos pecadores, então o herói atinge a esfera do mito.
Nem os mais duros opositores duvidam que Sócrates se esforce, e muito, pelo seu projecto político para Portugal. Um projecto que passa pela absoluta necessidade de o país transpirar como ele próprio transpira. Não na rua, como ele, mas nas salas de aula, nos hospitais e nas fábricas …
Mas, agora aqui pra nós que ninguém nos ouve: será que o que sai pelos poros de Sócrates, nas suas famosas sessões de jogging, é verdadeiro suor?
Sinceramente, não me parece… Aquilo são mas é lágrimas!… Muitas lágrimas!… Lágrimas de pena!… Muita pena!…Pena dos portugueses pobres… Que são cada vez mais pobres. Pena dos professores, por trabalharem muito e ganharem pouco… Pena dos médicos, por não terem capacidade de perceber a “inteligente” reforma “Correia de Campos”… Pena dos que não são capazes de perceber as suas prodigiosas capacidades políticas… E é por tudo isto que ele hoje chora … com muita humi(l)dade humana…E com enorme humildade política.
Pena que haja gente desumana, meio céptica e desconfiada, como eu, e teimosa, como ele, jurando, a pés juntos, que o que sai dos poros molhados de Sócrates não passam de puras mentiras solvidas em suores de raiva; de doces promessas laboriosamente destiladas; de ambições condensadas na frieza de espírito de um ser geneticamente egoísta.

ABÍLIO R.

sábado, 20 de junho de 2009

Misérias Humanas - Hipocrisia

Maria de Lurdes Rodrigues, politicamente morta desde 8/3/2008, escreveu uma carta aos seus subordinados. Diz a senhora:
“O relatório do CCAP, sem deixar de referir as dificuldades, as resistências e as divergências de percepção, vem confirmar os elevados níveis de concretização, de competência dos avaliadores e de exequibilidade técnica da avaliação, sobretudo depois de aplicadas as simplificações aprovadas em Novembro de 2008 e concretizadas no Decreto Regulamentar n.º 1-A / 2009 de 5 de Janeiro

Com esta afirmação, Maria de Lurdes Rodrigues sublinha, com todo o esplendor, o seu carácter político e o caldo em que medrou este Governo:
1 – Insiste na concretização de um modelo de avaliação que sabe não estar a ser aplicado
2 – Bajula os avaliadores, sublinhando a sua competência avaliativa, quando sabe que uma das principais falhas do modelo reside, precisamente, na incompetência dos avaliadores para avaliar.
3 – Bate na tecla gasta da exequibilidade quando já todos perceberam que o modelo é inexequível. Aliás, ela foi das primeiras a perceber o monstro que criara. E o próprio Governo substituiu o modelo que tornava tecnicamente exequível a avaliação - o merdex, pelo simplex 2.
4 – Venenosa e fingida, tentando salvar a pele perante os colegas de Governo, a quem impingiu a banha da cobra, passa a mensagem de que, mesmo que o modelo fosse de difícil aplicação, a sua simplificação veio resolver todos os problemas. Fingida.

Mas, há mais. Vejam uma das medidas alternativas que propõe ao CCAP. Sim leram bem, MLR, politicamente morta e enterrada, apresenta propostas de solução ao órgão que criou para que lhe fizesse esse servicinho:

“…neste contexto solicito ao CCAP ponderação e parecer sobre a pertinência de, no próximo ciclo avaliativo, ser adoptada, em alternativa, uma das seguinte medidas:

A – Aplicar o modelo de avaliação de desempenho docente tal como previsto no Decreto Regulamentar nº 2 de 10 de Janeiro 2008, com as alterações eventualmente consideradas necessárias, designadamente a respeitante à duração dos ciclos de avaliação. Esta decisão implicaria retomar o carácter obrigatório da componente científico-pedagógica da avaliação, bem como considerar eventualmente, na componente funcional, os parâmetros que avaliam o contributo dos docentes para a melhoria dos resultados dos alunos e para a diminuição do abandono escolar

B – Manter, por mais um ciclo avaliativo, o normativo actualmente em vigor (Decreto Regulamentar 1-A/2009 de 5 de Janeiro que introduziu medidas de simplificação da aplicação da avaliação no ano lectivo de 2008/2009), de forma a permitir às escolas e aos docentes o desenvolvimento e a consolidação das competências avaliativas, bem como um período de maior estabilidade, antes de proceder a novas alterações”

A defunta sabe que a medida A é inexequível, absolutamente impraticável: primeiro, porque as escolas se negaram a aplicá-la, segundo porque entrar com os resultados escolares na avaliação dos professores foi considerado ilegal num parecer da PGR e, terceiro, porque o próprio Governo de que faz parte a repeliu para bem longe.

Então que quer a manhosa?
Simplesmente, quer que os ceguinhos e os apressados se apressem a propor-lhe a hipótese B. Hipócrita!
Quer que os boys e girls que se sentam no CCAP venham legitimar, muito depressinha, o simplex 2. Fingida!

Algo me diz a que esta cartita foi cozinhada com o Ventura. Estes rapazes não têm emenda.

"Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.” (Mateus 23:28)
"Porque a congregação dos hipócritas se fará estéril, e o fogo consumirá as tendas do suborno.” (Jó 15 : 34)
Reitor

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Empreiteiros Medíocres ao Serviço do Estado

Como através de uma simples e brilhante análise, o Paulo Guinote desfaz 4 anos de política educativa de um (des)Governo que tem muito de chuchalista e muito pouco de socialista, embora possa não parecer e até confundir os espíritos mais ginasticados em améns

Valter Lemos está para a Educação como certos médios empreiteiros de construção civil estão para as Obras Públicas em Portugal. Tem vasta obra feita e, apesar de recorrentemente com problemas a carecerem de correcção poucos anos depois e com desvios orçamentais razoáveis, consegue sempre mais umas encomendas graças aos conhecimentos e amizades mantidos com os decisores de primeira ordem do sector.

Não sejamos injustos: Valter Lemos tem uma ou duas ideias para a Educação em Portugal. O problema é que são ideias erradas. O maior problema é que ele tem tido rédea solta para as ir implementando, num segundo plano da governação, subterrâneo e menos visível para o observador desatento. ( A ler tudo e chorar por mais)

Reitor

Descansa Em Paz



BREVE MANIFESTO ANTI-PORTAS EM PORTUGUÊS SUAVE

"Real Senhor ía passando... Encostado à bananeira, diz o preto para preta: está bonita a brincadeira."

1.- Estava eu 'posto em sossego' - aprestando o barquito da família para umas passeatas na Ria -, quando soube que vinham albergar em Aveiro nada menos que 2-intelectuais-2 de Lisboa, apostados em trocar a missanga de meia-dúzia de refervidas ideias por um açafate cheio do marfim eleitoral deste Distrito. De pronto apostado em estragar-lhes o negócio, ainda ponderei então a conveniência de dar um salto algarvio à Praia dos Tomates - para um tonificante estágio 'à la minuta', junto da elite bem-pensante e vegetariana da Capital em férias.Todavia, depressa desisti desse passeio para o sul - confiado em que a singela funda-de-David, que sempre me acompanha, bastaria para atingir e abater essas aves de arribação. Não é que não goste de pássaros. Gosto. Mas detesto os cucos políticos - que usurpam e se instalam com à-vontade nos ninhos feitos por outros companheiros (ía a escrever 'camaradas' - expressão regional caída em desuso, mas recuperável).

2.- Deixando os eufemismos, a verdade é que venho lutando desde há muitos anos (frustradamente embora) contra o latrocínio institucional de que a região de Aveiro vem sendo vítima: designadamente, tiraram-nos o Centro Tecnológico da Cerâmica; o Centro de Desportos Náuticos foi também para Coimbra; o discreto porto da Figueira da Foz vem sendo privilegiado em relação ao porto-de-mar de Aveiro; a nossa Universidade só começou a receber dotações decentes depois de saturada a Universidade do Minho; as questões da bacia do Vouga são tratadas na Hidráulica do Mondego; a Direcção dos Serviços da Segurança Social de Aveiro foi transferida para Coimbra; os nossos Serviços de Saúde foram degradados para 'sub-regionais'; a Agricultura do Distrito passou a ser dirigida pela Lusa Atenas e por Braga (!); e a supervisão da Educação na região foi repartida entre o Porto e a dita Coimbra.

3.- Só nos faltava agora mais essa: sermos doravante representados no Parlamento por dois intelectuais da Capital!
Era o cúmulo passarem os Deputados por Aveiro a ser gente de fora - 'estrangeiros' para aqui impontados por Lisboa, como 'comissários políticos para zona subdesenvolvida' ou 'tutores de indígenas carecidos de enquadramento'. Tinha que reagir - e reagi !

4.- Na verdade, o Distrito de Aveiro sempre foi terra de franco acolhimento para quem vem de fora - para aqui trabalhar e viver, valorizando a região (que se torna também sua). Aliás, é esse um dos segredos do nosso crescimento e desenvolvimento. É esta uma das características da nossa identidade: somos gente aberta e hospitaleira, tolerante e liberal, civilizada, moderna, culta e progressiva; todavia - até por isso - nunca tolerámos que nos impontassem mentores!

5.- Disposto a barrar a promoção (à nossa custa) a tais intrusos, procurei apurar quem realmente sejam.

6.- Quanto ao Dr. Pacheco Pereira, foi-me fácil saber que, antes e depois do '25 de Abril', foi comunista radical - daqueles que (aos gritos de "nem mais um soldado para as colónias") impediram designadamente que Portugal pudesse ter evitado a guerra civil em Timor (e a subsequente invasão indonésia - com os dramas e horrores tão sobejamente conhecidos). Com sólida formação marxista-leninista, o Dr. Pacheco Pereira tem vários livros publicados sobre o movimento operário e os conflitos sociais em Portugal no início do século. Constou-me ter agora no prelo um longo escrito sobre as motivações íntimas que o terão levado a renegar o comunismo - opção ideológica que (a manter-se) não lhe teria permitido 'fazer carreira' no PSD, como é evidente... Todavia, segundo notícias de certo semanário, o Dr. Pacheco Pereira recusa o jogo de equipa que a social-democracia pressupõe: ditadorzinho, não quer na campanha eleitoral em curso a companhia do Dr. Gilberto Madail - que limita às vulgares tarefas de motorista: guiá-lo pelo Distrito (que mal conhece). Realmente, o Dr. Pacheco Pereira ainda carece de alguma reciclagem democrática...

7.- Quanto ao Dr. Portas, esfalfei-me a
correr bibliotecas e alfarrabistas - à procura dos livros que tivesse dado à
luz, donde pudesse inferir qual seja afinal a corrente de pensamento que o
norteia. Baldadamente. De facto, o Dr. Paulo Portas apenas publicou um 'folheto
de cordel' (que me custou 750$00) sobre os malefícios da integração do nosso
país na Comunidade Europeia - opúsculo sem qualquer novidade em relação aos
numerosos bilhetes-postais que vem subscrevendo no seu jornal (sem erros
ortográficos, mas com pouco fôlego - valha a verdade).Digamos que tais escritos
estão para o 'ensaio' como as quadras populares para o 'poema' - na forma e no
conteúdo. Trata-se de breves crónicas fúteis (embora não tanto como as do MEC,
que aliás lhe leva a palma no sentido de humor e imaginação). Espremidas -
pingam apenas cinco ou seis ideias, que não chegam sequer para conformar o
anarco-conservadorismo (?) que se arroga ser a sua actual matriz
ideológica.

8.- Certo é porém ter sido com essas 'quadras soltas' que o Dr. Portas concorreu aos jogos florais da política recente - ganhando (por 'menção honrosa') a viagem turística ao círculo eleitoral de Aveiro, que o Partido Popular oferecia como prémio para o melhor trabalho apresentado por amadores sobre o tema do 'antieuropeísmo primário'.Tenho-me esforçado por lhe estragar tal passeio - com algum êxito.

9.- Julgavam o Dr. Portas e o enfadado Pacheco Pereira (outro excurcionista) que as respectivas candidaturas a deputado por Aveiro eram 'favas contadas'. Não nos conhecendo, supunham que os aveirenses ('provincianos' como nos chamam) ficaríamos enlevados e até agradecidos pela sorte (grande) de passarmos a ser representados no Parlamento por 'lisboetas de tão alto gabarito' (a expressão não é minha, evidentemente).Terão assim ficado surpreendidos pelo 'impedimento' que - logo após a 1ª anunciação - eu próprio (parente muito chegado da noiva) entendi opôr firmemente ao casamento-de-conveniência que pretendiam contraír com a minha querida região de Aveiro (num escandaloso golpe-de-baú eleitoral - para usar linguagem de telenovela). Como consequência imediata, eles - que tencionavam 'casar por procuração' (que é como quem diz sem-sequer-cá-pôr-os-pés) - tiveram que se dar ao incómodo inesperado de interromper as regaladas férias que gozavam e vir mesmo mostrar-nos os seus dotes. Estraguei-lhes o arranjinho!

10.- O primeiro a comparecer foi o Dr. Portas.Chegou de fato novo e ideias velhas. E instalou-se num hotel da região - escolhido pela mãezinha (no Guia Michelin).Desde então, quase não tem feito outra coisa senão passar a 'cassete' - que gravou contra a participação de Portugal na Comunidade Europeia. Tão desenvolto como qualquer vendedor de banha-da-cobra, impinge a quem se acerca as suas críticas à integração (aliás com a mesma monotonia com que o Marco Paulo repete ter dois amores).E confunde deliberadamente os erros crassos cometidos pelo cavaquismo (nas negociações internacionais e no desenvolvimento interno das políticas sectoriais da
integração) com a própria integração - o que constitui uma desonestidade intelectual inaceitável.Pior é quando reclama que seja submetida a referendo a nossa entrada na União Europeia - depois de já termos entrado (e... recebido os milhões e milhões que essa opção facultou aos incompetentes governos do PSD) ! Aliás, o Portas não explica sequer que mirífica alternativa à comparticipação na CE teríamos podido escolher.

11.- Confrontado com questões políticas mais comezinhas (como a regionalização e o tratamento dos resíduos tóxicos), não tem opinião própria ou não sabe para que lado lhe convém cair - e refugia-se então na evasiva: reclama um plebiscito 'adequado'.

12.- Fundamentalista e vaidoso, o Dr. Portas parece estar convencido de que não existe mais nenhum português inteligente e verdadeiramente patriota - além dele e do Dr. Manuel Monteiro.Aliás, o Portas tem o nosso povo em fraquíssima conta...Não obstante, messias da restauração, reclama 'missionários' (sic) para o seu ridículo sebastianismo - sem revelar de que Alcácer Quibir pretende afinal a reconquista.

13.- Inseguro, o jovem Portas sublima os seus problemas existenciais numa catarse de legitimidade duvidosa: exacerba as opiniões políticas que defende a um grau de intolerância que excede manifestamente o radicalismo aceitável de quem se move apenas por convicções arreigadas - tornando-se injusto, maledicente e agressivo.Aliás, o frenesim que reveste a sua militância é bem um indício dessa terapêutica (praticada que foi, também, por 'chefes' cujos nomes a História registou - mal comparando...).

14.- Políticamente, o Portas é um 'bluff' - produto acabado de certos meios intelectualóides da Capital, que funcionam em circuito fechado: por convites mútuos, elogios recíprocos e esquemas de sobrevivência imediata.Entre muitos outros, fazem parte de tal 'entourage' o avinagrado Vasco Pulido Valente ('avinagrado' de vinagre - entenda-se) e sua piedosa esposa, D. Constança Cunha e Sá - ambos comungando os chorudos ordenados que "O Independente" (assim chamado) do Dr. Portas lhes paga, pelas crónicas de mal-dizer que semanalmente ali escrevinham, no cómodo formato A4. Também o inefável Miguel Esteves Cardoso colabora no endeusamento do Portas, rebuscando a favor do patrão os trocadilhos que lhe deram notoriedade há mais de 20 anos - aquando era uma espécie de menino-prodígio da escrita fútil. Pena que tenha deixado de ser prodígio e se mantenha menino; pena que desperdice agora o seu inegável talento juvenil a produzir romances pornográficos - ainda que muito apreciados pelas pegas e pederastas do Intendente e pelo crítico Henrique Monteiro, que os reputa (o termo é adequado) como peças exemplares da literatura moderna.

15.- O Portas é elitista. Mas simula demagogicamente interessar-se pelos problemas daqueles a quem, no seu milieu, é uso chamar 'as classes baixas' - como aconteceu recentemente na Bairrada, quando fingiu participar na vindima que gente simples e autêntica da terra levava a cabo (por castigo andando agora, há já várias noites, a pôr 'creme nívea' na sua mãozinha mimosa, nunca antes maltratada por qualquer alfaia agrícola).

16.- O Portas é dissimulado: esconde da opinião pública parte da sua verdadeira identidade.Concretamente, oculta que é monárquico - opção que, sendo embora legítima, tinha obrigação de revelar aqueles a quem pede o voto para deputado da República ! É a tal 'falta de transparência política' que critica - nos outros, claro...

17.- O Portas é um democrata precário: por falta de formação ou informação, por carência de convicções ou por incoerência, rejeita a aplicabilidade universal da regra '"um homem-um voto" - verdadeiro axioma da Democracia essencial.Assim sendo, não me admiraria nada que o Dr. Portas resvalasse a curto prazo para a defesa de soluções autoritárias para a governação dos portugueses, que (no seu entender) revelam "uma estranha tendência para o precipício".18.- Eleitoralmente, o Portas é desleal: vicia as regras do jogo. Na verdade, tendo-se feito substituir formalmente na direcção d' "O Independente" (assim chamado), usa agora tal semanário como jornal-de-campanha privativo, aí publicitando escandalosamente os seus palpites e auto-elogios e atacando e denegrindo os adversários - com a cumplicidade na batota do respectivo 'conselho editoral' ! Porque não sou 'queixinhas', não vou lamentar-me nem reclamar contra tão anómalo procedimento - junto da comissão-de-ética do Sindicato dos Jornalistas, junto da Alta Autoridade para a Comunicação Social ou mesmo junto da Comissão Nacional de Eleições.Não vou sequer queixar-me à mãezinha do Dr. Paulo Portas. Tão-pouco protestarei junto do Dr. Nobre Guedes - tido por 'dono do jornal' -, até porque sei que anda absorvidíssimo por visitas diárias a
feiras e mercados e pelas demais tarefas da sua própria 'candidatura a sanguessuga' (também pelo PP), sem que lhe reste tempo para se preocupar com subtilezas e ninharias éticas.Aliás, provavelmente não será especialista em 'deontologia profissional do jornalismo'.Assim sendo, remeto a apreciação da chocante conduta do Dr. Portas e d' "O Independente" para a opinião pública e para os jornalistas Daniel Reis, Cáceres Monteiro, César Principe e José Carlos de Vasconcelos - tidos por profissionais honestos, competentes e livres (aliás como muitos outros). Concretamente, permito-me perguntar-lhes se acham que o comportamento daquele semanário e do Dr. Portas (que usa fazer a apologia dos valores morais sociais) seja éticamente aceitável.

19.- De facto, não é fácil ser-se coerente e sério em política !

20.- Particularmente difícil é porém 'fazer carreira política' em Portugal - sobretudo quando não se dispõe do apoio de qualquer dos 'lobbies' que condicionam quase toda a nossa actual vida pública. Estou a referir-me à 'solidariedade corporativa' na promoção individual de que beneficiam os membros da Maçonaria, os confrades da Opus Dei, os agentes dos grupos económicos e - mais recentemente - os parceiros da comunidade 'gay'. Trata-se de organizações ou agregados que mantêm intervenção (directa ou indirecta) praticamente em todas as estruturas da nossa vida colectiva - também nos partidos políticos e na comunicação social.Agindo concertada ou avulsamente,os membros de tais 'lobbies' têm grande influência sobre muitas tomadas de posição de quem-de-direito e sobre a formação da opinião pública.Podem designadamente ajudar ao aparecimento de pretensos génios artísticos, 'heróis sociais' ou ídolos-de-pés-de-barro (como são muitos dos políticos de sucesso).

21.- Por definição, as interferências do género são discretas ou mesmo subliminares - e passam geralmente desapercebidas aos cidadãos influenciáveis.Na verdade, quem é que, de manhã, ao acompanhar a torrada e o galão do dejejum com a leitura do 'Público', pondera que esse jornal tem dono - e que o editorialista Vicente Jorge Silva é capataz dos respectivos interesses (mesmo quando - agora instalado - escreve considerações que fazem lembrar os tempos remotos e diferentes em que foi considerado pelos situacionistas de então como um jovem rasca da 'geração de 60') ?E quem perceberá que está a ser condicionado na formação da sua opinião, quando escuta na rádio uma análise ou critica - injustamente lisonjeira - da acção de um diplomata, do trabalho de um artista ou da capacidade de um político homossexual proferida por outro homossexual, se não souber que tal apreciação reporta afinal a solidariedade de pessoas da mesma minoria ?

22.- A acção de todos ou alguns desses 'lobbies' perpassa de facto os principais partidos - transversalmente.E, por vezes, é no espírito-de-corpo ou jogo de conveniências dos respectivos protagonistas que se encontra explicação para surpreendentes convívios gastronómicos no 'Gambrinus' ou na província e para inesperados apoios ou solidariedades espúrias ocasionalmente detectáveis nos mais variados campos da nossa vida colectiva.

23.- Republicano convicto, socialista humanista e democrata sem transigências, tenho feito o meu discreto percurso de político-não-profissional apenas com a ajuda dos activistas locais do PS e o firme apoio da gente bairrista da região de Aveiro - sem compromissos em relação a qualquer daquelas estruturas ou 'forças de pressão'. Livre e independente como sempre, enfrento a presente conjuntura eleitoral com justificada confiança.Estrêla de 3ª grandeza nos céus confinados do meu Distrito, nada me ofusca o brilho fugaz do citado Dr. Portas - cometa ocasional, que desaparecerá deste firmamento tão depressa como apareceu (e... sem deixar rasto). Tão-pouco me perturba a dimensão aparente do Dr. Pacheco Pereira - lua nova doutras galáxias, que (perdido o fulgor militante que o marxismo-leninismo lhe emprestava) agora só é visível quando reflecte a claridade frouxa dessa extensa nebulosa que se chama PSD.

24.- Na minha terra, sou mais forte do que eles !

25.- Na noite do próximo dia 1 de Outubro, espero poder pendurar no meu cinto de caça política as tais duas aves de arribação - espécies exóticas lisboetas pouco apreciadas na região cinegética de Aveiro: um garnisé-cantante e um pavão-de-monco-caído.Esses troféus servirão de espantalho a futuras transmigrações para esta 'zona demarcada entre o Douro e o Buçaco' !
Carlos Candal


Reitor

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Ainda há gente com juízo em Portugal


As coisas começam a compor-se...
Reitor

Para Cigano, Cigano e Meio

Ferreira Torres deve 1,7 milhões ao BPN


Reitor

Como Disse? Repita Se Faz Favor!


O erro não foi, propriamente, "propor". O erro foi mesmo impor. Impor uma avaliação que ninguém respeita, excepto a Armandina "25.000" Soares.

O erro da avaliação não está em ser "exigente". Não é exigente, antes pelo contrário, é inexequível.

O erro não está na complexidade da avaliação. A bem da verdade, a avaliação era uma espécie de teia de tantas contradições e impossibilidades que o Governo teve de a simplificar. Mesmo assim, ou melhor, em resultado disso, criou uma pequena monstruosidade, nada complexa, antes pelo contrário, tão simples tão simples que levará a que se cometam as maiores arbitrariedades e injustiças que se possam imaginar.

Reitor

"FAÇAM O QUE EU DIGO E IGNOREM O QUE EU FAÇO"

Como se governa um país, segundo o democrata, socialista e republicano José Sócrates: retira-se dinheiro a quem trabalha, desde que lhe reste o mínimo para comer e vestir, e os governantes e seus acólitos podem continuar a gastar à tripa forra


Quando, finalmente, o meu estado de inquietação anti-socrática parecia ter entrado de férias - desde que o “ciclone Rangel” varreu o país - eis que a transferência estratosférica de Ronaldo me veio, de novo, espicaçar as meninges.
Mas a catarse do mundial da estupidez futeboleira já eu a fiz.
O espasmo nervoso que agora me aflige, e me causa este nó na garganta, aconteceu-me depois da cerimónia do 10 de Junho, em Santarém. A causa: mais um desplante do ainda P. M. de uma pequena fatia de portugueses socialisto-capitalistas.
Sucede que o dito chefe luso-social-capitalista esteve nas cerimónias de Santarém, visivelmente acabrunhado. É que estava por lá o seu “partenaire” das quintas feiras, que o tem protegido de arreliadoras “queimaduras solares”, ao mesmo tempo lhe vai fazendo alguma sombra( bem poucochinha – “hélas”).
Mas, para meu espanto, o ainda primeiro ministro, o “Vip-Mor” da Lusitânea, ouviu, com atenção, o discurso de António Barreto e não descansou enquanto não pôs em prática a, já célebre, ( mas pouco celebrada) “teoria do exemplo”.
Pregou Barreto, em Santarém, que os governantes devem dar o exemplo aos governados, para, em coerência, lhes poderem exigir sacrifícios.
Ouvida a prédica, o “Magno Vip”, esporeou a luxuosa “cavalgadura”, fartamente alimentada nos “estábulos” da GALP, e decidiu pôr em prática o que disse Barreto.
E ei-lo a gozar as delícias da longa “ponte” de Junho, no paraíso algarvio das Açoteias.
E, sabendo melhor que ninguém, que a crise está aí pra durar, reservou uma “suite” ( bem mais barata do que as que frequentava Diana, nas suas principescas viagens de “núpcias”!) no “acessível” , “popular” e bem “português” resort , “Pine Cliffs”.
É certo que, ainda antes de ser nomeado, por quatro anos, “chefe” da “seita” que desgraçou a classe média da Lusolândia, já o fogoso “estadista” sugava, com sumo prazer, as deliciosas mordomias do “Éden” algarvio. O que sugere que, já na qualidade de “ sub-chefe da seita”, eram levadas à prática espantosas teorias…
CUNHA RIBEIRO

Reitor

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Esta é socialista, mesmo que ainda não o saiba.

A especialista em avaliação, Leonor Santos, questiona a realização de exames.

E, num discurso demasiado relativista e do mais sublime "eduquês" deixa-nos estas pérolas:

Exames não incentivam ao estudo
Obrigar os alunos a estudar é um desses pressupostos. Parte-se do princípio de que se não houvesse exames os alunos não estudariam.
Exames reforçam a desigualdade
Se de facto os alunos tiveram ao longo do ano lectivo melhores professores, será que estamos a garantir a igualdade de oportunidades ou pelo contrário estamos a reforçar a desigualdade existente até àquele momento
Exames não servem para medir os conhecimentos dos alunos
Outra crença que existe relativamente aos exames é a de que eles conseguem medir com algum rigor os conhecimentos dos alunos
Os rankings fazem mal ao ensino, à educação e às escolas
Concorda com os Rankings? Discordo inteiramente… Utilizá-los, como é feito nos media, para produzir um ranking das escolas, não traz nenhum benefício e quando traz alguma consequência ela é negativa.
Os resultados dos exames em 2008 deveram-se a um melhor trabalho dos professores e dos alunos
Como é que explica então o crescimento das médias a Matemática entre 2006 e 2008?
As provas mudaram a sua natureza já que o próprio programa de ensino secundário também mudou. É natural que os novos programas de Matemática do ensino secundário elaborados em 2002 estejam agora a produzir resultados.
… neste momento, o trabalho dos professores e dos alunos está muito mais consonante e é natural que havendo maior coerência entre aquilo que se ensina, aprende e testa haja melhores resultados.


Portantos, os exames não medem os conhecimentos dos alunos, reforçam as desigualdades, não incentivam os alunos a estudar e não foram utilizados por este Governo como validação de medidas políticas propagandísticas. Em suma, os exames fazem mal à saúde.
Vamos longe
Reitor

Fugi Criancinhas...


"Paulo Pedroso dedica-se a Almada e deixa Parlamento"

Este quer terminar a obra que não começou!

Será que vai requerer um julgamento?

Almadenses. Concidadãos deste país. Não cometam o histórico erro de eleger para Presidente da Câmara um indivíduo que tantas crianças apontaram de molestador.

Mesmo que tivesse havido uma urdidura, que nunca se provou, ou tivesse havido erro grosseiro, como já se disse e está por provar, não permitam que os vossos filhos e netos um dia perguntem, envergonhados: - porque nos deram os nossos pais esta herança? Que mal fizemos nós para termos um Presidente de esquerda, que padece de ginecomastia da mama direita e não tem nenhuma mancha acastanhada na nádega, como erradamente se disse.


Reitor

terça-feira, 16 de junho de 2009

Até na morte há pesos que se dispensam. Descansem em paz

Na página da DREN, mais umas caneladas na língua portuguesa e uma falta de respeito pelas pessoas que dedicaram uma vida à EDUCAÇÃO. Aposto que não vê os erros...

"...Com um humor súbtil e profundo, grandioso como o seu coração que ele teimava Em esconder, mas que aparecia nos momentos onde a solidariedade era urgente..."

"Nosso Senhor ama os pobres, por isso fez tantos" (A. Lincoln)
Reitor

Professores Unidos! Tantos e Tão Poucos...



Reitor

O Especialista

De acordo com Álvaro Almeida dos Santos, presidente do Conselho de Escolas, caberá ao corpo docente o desempenho de três tarefas fundamentais: organização interna dos exames, distribuição de pessoal vigilante nas salas e garantia de sigilo.

Naquele tempo...
No tempo em que tive de fazer exames, havia uma tarefa que só os professores faziam. Podiam até ser incumbidos de outras, mas a tarefa fundamental quando se iniciavam os exames era a VIGILÂNCIA DOS ALUNOS.
O Reitor e um ou dois professores organizavam todo o serviço de exames e asseguravam a logística.
Era o Reitor que distribuía o serviço pelos professores.
Era ao Reitor que se pediam responsabilidades pela quebra de sigilo...
Agora, segundo este especialista "Novas Oportunidades", as coisas inverteram-se...
A tarefa de vigilância dos exames perdeu importância nas escolas. Deixou de ser uma tarefa fundamental dos professores.
Com as modernices actuais, os professores passaram a exercer tarefas que eram da responsabilidade dos Reitores (agora chamam-se directores, enfim): organizar internamente a realização dos exames; distribuir o serviço pelo pessoal docente e garantir o sigilo.

Obviamente, os directores e as directores vigiam os alunos.

"Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;" (Mateus 5 : 3)

Reitor

domingo, 14 de junho de 2009

Nacionalização do BPN dava para alimentar 230,5 milhões de Etíopes. Ou praticamente todos os esfomeados de África

CGD injectou mais de 2,5 mil milhões de euros no BPN desde a nacionalização

Anda muito boa gente aflita com o valor da transferência do Ronaldo para o Real Madrid. Até o Programa Alimentar Mundial, vejam bem. Dizem eles que os 93 milhões que custou a transferência dava para alimentar 8,6 milhões de "bocas" esfomeadas na Etiópia...
Pois bem, proponho aos gestores do PAM que ponham os olhinhos no nosso socretino Governo e vejam este escândalo: "Buraco do BPN é 5 vezes maior que o do caso Madoff".
2.500.000.000 euros foi quanto os portugueses já pagaram, através do seu Governo SOCIALISTA, para cobrir os desmandos dos capitalistas.
Trata-se de uma quantia 26,8 vezes maior do que aquela que o Real pagou pelo Ronaldo. Dava para alimentar 230,5 milhões de bocas em todo o mundo. Desavergonhados.

Mourinho foi o que falou melhor: O Real está satisfeito, o Manchester está satisfeito, o Ronaldo também está satisfeito. Eu também estou.

Já quanto aos custos da nacionalização do BPN, a minha satisfação é esta: bandoleiros, perdulários, ladrões, saqueadores...
Reitor

sábado, 13 de junho de 2009

Professores de Portugal, Uni-vos!

"Esta é a declaração de uma intenção tomada em consciência e coerência com as atitudes e posições por nós assumidas num passado recente. Não é um apelo a um qualquer movimento de desobediência civil, nem o seu contrário, assim como também não é uma recusa em nos submetermos à avaliação da qualidade do nosso desempenho enquanto docentes.
É apenas a manifestação pública da impossibilidade, de acordo com princípios de coerência e responsabilidade de que nos orgulhamos, de aceitarmos seguir as directrizes de um modelo de avaliação do nosso desempenho que de forma alguma cumpre os objectivos afirmados pela tutela, em particular no regime simplificado em vigor, de constitucionalidade duvidosa e escassa qualidade técnica.
Em conformidade com posições adoptadas por todos nós em momentos anteriores, os subscritores desta declaração afirmam a sua indisponibilidade para entregar a ficha de auto-avaliação nos moldes predeterminados pelo Ministério da Educação.
Esta posição implica rejeitar a transformação do biénio 2007-09 numa pseudo-avaliação com base em objectivos definidos entre três a cinco meses do final das actividades lectivas deste período. Esta atitude significa a recusa frontal em participar de forma activa numa mistificação pública cujo objectivo é fazer passar por verdadeira uma avaliação falseada do mérito profissional dos docentes, mistificação esta que sabemos ter objectivos meramente eleitoralistas mas que terá consequências profundamente negativas para a qualidade da educação em Portugal.
Estamos conscientes das potenciais consequências da nossa tomada de posição, nomeadamente quanto à ameaça da não progressão na carreira por um período de dois anos lectivos, assim como de um eventual procedimento disciplinar que todos contestaremos em seu devido tempo. Esta é uma atitude cujas implicações apenas recaem sobre nós, estando todos preparados para continuar a lutar pela demonstração da ilegalidade do regime da chamada avaliação simplex.
Estamos ainda conscientes de algumas críticas que nos serão dirigidas de diversos quadrantes. Todas elas serão bem-vindas, venham de onde vierem, desde que se baseiem em argumentos e não em meras qualificações destituídas de conteúdo.
Aos que nos queiram apontar que não compete a cada cidadão definir a forma de cumprimento das leis que se lhe aplicam, poderíamos evocar o artigo 21º da Constituição da República Portuguesa, mas bastará sublinhar o que acima ficou explicitado sobre a forma como encaramos as consequências dos nossos actos. A todos os que considerarem que esta é uma radicalização excessiva do nosso conflito com o Ministério da Educação reafirmamos que o fazemos em consciência e coerência com os nossos princípios éticos, sem calculismos ou outros oportunismos de circunstância.
Por último, salientamos que esta declaração não é um apelo a qualquer tomada de posição semelhante por ninguém, mas tão-só a afirmação da nossa. Não podemos, porém, deixar de constatar que a força de qualquer atitude é tão mais poderosa quanto consciente e esclarecida a convicção de quem a toma.
Ana Mendes da Silva (Esc. Sec. da Amadora), Armanda Sousa, (Esc. Sec./3 de Felgueiras) Fátima Freitas (Esc. Sec. António Sérgio, Porto), Helena Bastos (EB 2/3 Pintor Almada Negreiros, Lisboa), Maria José Simas (Esc. Sec. D. João II, Setúbal), Mário Machaqueiro (Esc. Secundária de Caneças), Maurício de Brito (Esc. Sec. Ponte de Lima), Paulo Guinote (EB 2/3 Mouzinho da Silveira, B. Banheira) Paulo Prudêncio (EBI Santo Onofre, Caldas da Rainha), Pedro Castro (Esc. Sec. Maia), Ricardo Silva (EB 2/3 D. Carlos I, Sintra), Rosa Medina de Sousa (Esc. Sec. José Saramago, Mafra) e Teodoro Manuel (Esc. Sec. Moita).

Público, 13 de Junho de 2009

Subscrevo esta corajosa tomada de posição.
Corajosa porque dá o peito às balas. O peito dos seus subscritores e de mais ninguém.
Corajosa porque é um exemplo e um desafio para milhares de outros professores saltarem das trincheiras e avançaram contra um inimigo velho, moribundo e há muito ferido de morte. Um inimigo que só precisa de um sopro para cair redondo.
Os subscritores declaram que a sua posição "não é um apelo a qualquer tomada de posição semelhante por ninguém...". Ok. Compreendo-os e respeito-os.
Mas não os deixo ficar sozinhos...

Por isso mesmo, faço daqui um apelo a todos os professores do país: uni-vos!
Voltai a fazer aquelas reuniões gerais em que aprovaram as moções e aprovem novas tomadas de posição públicas sobre a vossa indisponibilidade para participar no embuste nacional que vai ser a avaliação dos professores. Não entreguem a ficha de auto-avaliação.
Não tenham medo.
Não se ponham com cautelas execessivas.
Mudem o mundo! Levantem-se das trincheiras!

Não se ponham com rodeios. Tomem posições simples: meia página A4.
Aqui vai um exemplo:


Exmo. Sr. Director da Escola Em Que Trabalhamos
Os signatários, professores do quadro da escola que dirige, todos maiores e senhores do seu destino vêm declarar, solenemente, junto de V. Exa. o seguinte:
1 - Recusam-se a participar no actual processo de avaliação de desempenho do pessoal docente uma vez que o consideram uma mistificação pública e um embuste nacional que afectará negativamente e por longos anos a Educação e a Escola Pública.
2 - Em consequência, recusam entregar a ficha de auto-avaliação nos moldes predeterminados pelo Ministério da Educação.
Um Concelho de Portugal, --- Junho de 2009
Nome e assinatura


Não se deixem levar pelos gemidos de algumas pitonisas que defendem a entrega de uma ficha de auto-avaliação própria ou que se junte à de modelo oficial um protestozinho.
Só por estultícia ou, pior, para fazer dos portugueses parvos, é que se pode defender que algum Director aceitará uma ficha que não a de modelo oficial. E se lhe juntarem o protestozinho-descarga-de-consciência, quem o vai ler? Para que serve? Será uma espécie de traque cujo som esperado resultou em esguicho inadvertido.
Como o Guinote disse ontem num bonito poste, é tudo uma questão de tintins. Não de tamanho, mas de os ter ou não ter. Antes de continuar a conversa, faço daqui uma vénia às senhoras professoras e outras senhoras que, não os tendo felizmente, os tintins, claro, têm sangue a correr-lhes nas veias, fibra suficiente para caminharem pelos próprios pés e ossos lá, naquele sítio, onde muitos têm apenas cartilagem.


Corram com eles.
Reitor

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Prémio Lemniscata!

Ah! Talento..... Obrigado quink644.
Agradeço a a distinção e o prémio atribuído atribuído pelo do blogue porquemedizem...

"O selo deste prémio foi criado a pensar nos blogs que demonstram talento, seja nas artes, nas letras, nas ciências, na poesia ou em qualquer outra área e que, com isso, enriquecem a blogosfera e a vida dos seus leitores."Cabe-me repassar este selo a 7 blogues considerados merecedores de o receber, devendo eles proceder de igual modo.
O significado de LEMNISCATA:LEMNISCATA: “curva geométrica com a forma semelhante à de um 8; lugar geométrico dos pontos tais que o produto das distâncias a dois pontos fixos é constante.
”Lemniscato: ornado de fitas do grego Lemniskos, do latim, Lemniscu: fita que pendia das coroas de louro destinadas aos vencedores(In Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora).
Acrescento que o símbolo do infinito é um 8 deitado, em tudo semelhante a esta fita, que não tem interior nem exterior, tal como no anel de Möbius, que se percorre infinitamente.
Texto da editora de "Pérola da cultura".
Reatribuímos a:
Educação S.A.

Em defesa de uma Escola Pública de qualidade

"Ministério da Educação reconheceu Casa Índigo, onde se acredita que as crianças falam aos 4 meses"


O"Mantra Gayatri" e a "Prece às Sete Direcções Galácticas"
ou
"Eu sou amigo dos animais, eu não como os meus amigos"

A sala onde as crianças têm as actividades de grupo parece um infantário normal. Mas não é. Os desenhos representam pessoas com auras coloridas, bolas, estrelas e anjos em redor. Pendurados nas paredes, um "Mantra Gayatri" e uma "Prece às Sete Direcções Galácticas". A "cultura holística das crianças índigo" bebe inspiração em várias civilizações, como a budista ou a maia, e incentiva o respeito pelo planeta. Um cartaz atesta: "Eu sou amigo dos animais, eu não como os meus amigos."

Vê-se felicidade no teu rosto, Tereza

Reitor

terça-feira, 9 de junho de 2009

Roma Não Paga A Traidores

Na opinião de Álvaro Almeida Santos, uma nova revolta dos professores pode surgir quando se aperceberem que os directores que elegeram e que eram contra o modelo de avaliação, afinal não podem fugir às directrizes do Ministério da Educação


Já ontem o Paulo tinha feito uma referência ao assunto.
O Conselho das Escolas está vivo.
E o seu presidente, em mais uma declaração infeliz e acagaçada, continua a alinhar pela bitola do Valter "Excesso de Faltas" Lemos.
Álvaro "Mordomo" Santos não se devia preocupar tanto com os Directores que são contra o modelo de avaliação, mas sim com aqueles que, tal como ele, defendem o modelo junto dos seus senhores e, simultaneamente, o criticam junto daqueles que dirigem, procurando obter - e conseguindo em muitos casos - a sua confiança e os seus votos.
Roma não paga a traidores e lá virá o dia em que os professores se libertarão daqueles que os trairam como este criado e tantos outros dirigentes escolares disfarçados.
Reitor

Pobre Homem

Dias Loureiro não tem nenhum bem em seu nome

Pobre do homem Aplicou toda a sua fortuna numa empresa criando emprego e tornando felizes muitas famílias e ainda lhe querem arrestar os bens!
Que bens é que o Estado lhe quer penhorar?
Ingratos
Reitor

Como Eu Compreendo a Tua Satisfação

Reitor

Polícias Ingratos

Mil polícias entregaram bonés e chamaram «mentiroso» a Sócrates

Uma indecência chamarem MENTIROSO ao senhor primeiro-ministro.

Reitor

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A Culpa É Tua

Minha cara (a educação não me permite tratar-te por barata) Maria de Lurdes.
Vais fartar-te de ouvir nos próximos dias e semanas (se não fugires depressa) estas frases:
  • A culpa é da Maria de Lurdes Rodrigues (MLR)
  • Foi por causa da MLR que perdemos as eleições
  • A MLR e aqueles dois asnos que a acompanham só fizeram m.
  • Camarada Sócrates. Se ainda quiseres ganhar eleições tens de afastar a MLR, o Valter "Excesso de Faltas" Lemos e o Jorge "Sinistro" Pedreira
  • Vai-te embooooooooora
  • Sua bruxa. Por tua causa levamos no pêlo
  • Desaparece
  • Que vens aqui fazer? Põe-te a mexer depressa

Tenta compreender os teus camaradas. Falam-te assim porque estão a ver a chucha secar. E, como já não te deixam dar mama, vais ter mesmo de te ir embora. Talvez antes do final de Junho, não? Ah! não te esqueças de levar os dois anjolas e a popota. Dos outros dois inimigos da escola pública trataremos a seguir...

Se te tivesses ido embora mal faleceste, de preferência antes de arrefeceres, nada disto teria acontecido. Na política, Maria de Lurdes, os mortos enterram-se, nunca se embalsamam nem se cobrem com véus, como fizeram contigo logo a seguir à primeira manif de professores.

Tanto tempo sobre-terra tinhas de cheirar mal.

Adeus e boa viagem

Reitor

Este País Não É Para Medíocres

O cabeça-de-lista social-democrata ao Parlamento Europeu, Paulo Rangel, considerou hoje que a presidente do PSD "é a grande vencedora" destas eleições europeias e que o secretário-geral do PS sofreu "uma derrota pessoal".Reitor

Reitor

Este País Não É Para Mentirosos


Reitor

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Contra o P.S., Votar, Votar

Foto furtada ao Ramiro
Muito se tem escrito ultimamente, na blogosfera que apoia a luta dos professores, sobre a necessidade de contribuirmos para a derrota do PS nas próximas eleições, as de 7 de Junho e, acima de tudo, nas eleições para a Assembleia Legislativa.

Também já se ouviram vozes (poucas) que advertem para a necessidade de movimentos e organizações como a APEDE não se envolverem directamente neste combate político, sob pena de perderem a sua independência.

A esse conselho há que responder que a APEDE nunca fará qualquer indicação de voto para as eleições deste ano. Nunca fará, salvo uma:

OS PROFESSORES TÊM A OBRIGAÇÃO MORAL E POLÍTICA DE NÃO VOTAR NESTE PS.

Tal não significa que nos estejamos a envolver na política partidária. Significa, isso sim, que assumimos o envolvimento com uma posição que épolítica apenas porque nela afirmamos a nossa cidadania.

Acontece que este PS é o primeiro responsável pela profunda crise em que o sistema educativo português está mergulhado.

Deveríamos então abster-nos de apelar a que não se vote PS?

Sucede que este PS espezinhou os direitos e a dignidade profissional dos professores, colocando no Ministério gente que nunca escondeu o desprezo pela classe docente, que usou esse desprezo como arma de arremesso propagandístico, que tudo fez para tornar insuportável o quotidiano profissional dos professores, que multiplicou leis responsáveis pelo caos nas escolas e pela degradação das condições de ensino.

Deveríamos então abster-nos de apelar a que não se vote PS?
Acontece que as próximas eleições, particularmente as legislativas, podem abrir um novo ciclo político capaz de criar condições favoráveis à satisfação das exigências fundamentais que têm mobilizado os professores.

Deveríamos então abster-nos de apelar a que não se vote PS?

Não. Não nos vamos abster. Não nos vamos abster em sentido algum.
Por isso, e já para este dia 7 de Junho, a APEDE apela a que os professores contribuam para o princípio do fim da carreira política de José Sócrates e de quem o tem sustentado:

CONTRA ESTE PS, VOTAR, VOTAR.

Fonte: APEDE

Reitor

Um Conselho Onde Reina a Democracia

O Paulo Guinote deu-nos conta da acta de uma reunião do CGT da Esc. Sec. Alfredo dos Reis Silveira do Seixal. Uma escola e uma comunidade onde se respira a democracia estalinista.
Todos são contra este modelo de gestão das escolas, porque o mesmo reduz a participação democrática,dizem. Mesmo sendo contra o modelo, patati, patatá, participam na coisa.
Vai daí, estes exemplos da democracia elegeram a Directora da escola por escrutínio secreto como estabelece a lei.
Três dos membros do CGT, certamente os mais democratas, apresentaram uma declaração de voto! Sim, sim, uma declaração de voto relativa à votação secreta! que elegeu a Directora.
Ora vejam:

"A Vereadora Paula Santos, em substituição do Vereador Joaquim Santos, apresentou uma declaração de voto em nome do Município , alegando as razões que levaram os representantes do Município a votar em branco."

Todos os votos secretos são secretos! No entanto, há uns mais secretos que outros!
Fico sem saber se é melhor para aquela comunidade educativa a influência destes Santos democratas ou a acção do socretino Governo.
Devemos fugir deles todos.
Reitor

"O Código Genético" e a "Marca Indelével"

Olá caríssimos colegas!!

É com imenso prazer que vos comunicamos, na sequência das nossas reuniões de Santarém, Coimbra, Lisboa e Guimarães, que está criada a ANDE - Associação Nacional de Dirigentes Escolares.

A nossa associação nasceu no dia 1 de Junho, Segunda-feira, por volta das 15h, no Porto.
Há uma comissão instaladora a preparar todo o trabalho para que, na primeira quinzena de Julho, aconteça a primeira Assembleia Geral, momento em que se lançará o processo para a eleição dos primeiros órgãos sociais (Mesa da Assembleia, Direcção e Conselho Fiscal).


Durante o mês de Junho decorre o primeiro período de inscrições para sócios. De acordo com o que decidimos em Guimarães, podem inscrever-se como associados Directores, Sub-directores e Adjuntos de Director de todas as escolas públicas portuguesas. Aliás, a defesa de uma escola pública cada vez com mais qualidade é o código genético desta associação e deverá ser a marca indelével em todas as acções que venham a ser desenvolvidas pelos seus órgãos sociais.

As inscrições concretizam-se com os dois procedimentos seguintes:
1. Preenchimento da ficha de inscrição, que segue em anexo, a enviar, depois de preenchida, para a morada ande.associados@gmail.com;
2. Depósito/transferência de €50 (cinquenta euros)*, para pagamento da primeira anuidade, no seguinte NIB:
NIB da Associação Nacional de Dirigentes Escolares - 0045 1327 40229029206 59 (Crédito Agrícola)
(Deve ser guardado o comprovativo do depósito/transferência. Quem fizer a transferência através do Multibanco deve guardar o talão)
Para qualquer esclarecimento podem utilizar o número de telemóvel: 933 191 280 (Pedro Araújo)

Na primeira Assembleia Geral, em Julho, a comissão instaladora prestará publicamente contas sobre os fundos recolhidos.
Entretanto, solicitamos a todos os que puderem e quiserem para que se inscrevam e que divulguem a associação junto de outros Directores e de todos os colegas que fazem parte das equipas de gestão de todas as escolas públicas portuguesas.
Como disse Fernando Pessoa: "esta é a hora!"
Nós vamos dando notícias...
Um abraço,

Pedro Araújo
Director da ESFelgueiras, em nome da comissão instaladora da ANDE.
* Aqueles que fizeram pré-inscrição em Guimarães devem transferir/depositar apenas €45


Ora, vejamos:
Se os 140 directores que estiveram nos encontros se inscreverem juntamente com, pelo menos, 3 ajudantes serão 560 sócios x 50 euros=28.000 euros. Nada mal para começar.

Reitor

terça-feira, 2 de junho de 2009

"Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive"

A Porto Editora, em colaboração com a Associação Empresários pela Inclusão Social (EPIS), lançou no mercado nacional «Escolas de Futuro – 130 boas práticas de Escolas Portuguesas»

SURPRESA:
Três dos autores deste manual de boas práticas são três insignes directores escolares, todos eles membros do Conselho das Escolas. Aliás, a Direcção completa: O Presidente "Álvaro Santos", o Vice-Presidente João Mineiro" e a outra Vice, Teodolinda Silveira".
Portanto, aconselho mortamente que comprem o livrinho e aprendam as boas práticas em escolas portuguesas:
- técnicas de genuflexão dirigente com curvatura acentuada da coluna
- técnicas para dar brilho a qualquer pessoa sem desgaste visível
- processo para ganhar prémios em concursos nacionais sendo concorrente único
- técnicas de engastrimitista ao serviço dos poderes de ocasião
Boas leituras!
Reitor