domingo, 20 de junho de 2010

Agora Que Já Passou a Saramaguite Aguda

Tavez seja o momento de dizer:
- Lamento ver na TV um funeral onde umas curtas centenas de pessoas batiam palmas!! ao defunto Saramago (Deus o tenha) enquanto vituperavam o Presidente da República, lançavam hossanas ao Partido Comunista Português, confessavam não terem lido um livro de Saramago e furtavam os cravos vermelhos que se encontravam no carro fúnebre .

- Vi, com muito orgulho, que o Presidente da República do meu país não se deu à baixeza de participar pessoalmente no funeral de um homem - notável, é certo - que, por mais de uma vez afirmou em público: "Não cumprimento Cavaco Silva”.
- Que não me admirei de ver tão pouca gente no funeral de Saramago - o único nobel da literatura portuguesa e, indiscutivelmente, um escritor de grande craveira - pois, afinal, o homem dizia mal de tudo e de todos; esteve anos de costas voltadas para a aldeia que o viu nascer e zangado com o povo; dizia mal de todas as autoridades; queria que Portugal fosse anexado à Espanha; viva em Espanha porque não gostava dos portugueses e, muito menos dos seus líderes políticos e, ainda por cima, resolveu à última da hora deixar cá as suas cinzas! Como quem diz: - os espanhóis ficaram com a minha casa, os meus bens e a minha solidariedade, os portugueses podem tratar das minhas cinzas...
Reitor

2 comentários:

  1. Reitor
    não partilho da sua opinião.

    É obvio que o blog é seu e eu nem deveria estar aqui a manifestar a minha opinião.
    Por razões sobre as quais não me apetece divagar, vou opinar.

    Admiro José Saramago, principalmente por ser um símbolo da consciência humana, livre de subterfúgios.
    Admiro-o por ter tido a coragem de assumir o politicamente incorrecto.

    A sua genialidade foi reconhecida a nível mundial. Isso basta para honrar a sua memória.

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  2. Se é por dizer mal de tudo e de todos... você não vai ter ninguém no funeral...

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