sábado, 29 de janeiro de 2011

J´Accuse

Quando se esquecem exigências democráticas ou se impede que elas funcionem, abre-se a porta ao ditador. Já foi assim na antiga Grécia, onde a democracia nasceu. ... É também assim nos tempos que correm. O governo socialista, ... passou a agir como novo ditador

Revolucionários do PREC, vazios de cultura, mas cheios de ódios, assaltaram colégios da província com uma história longa de bem-fazer e destruíram, como inúteis, escolas, livros e monumentos locais. Quiseram apagar a história. E, como se fôssemos um país abastado, abriram-se então escolas estatais onde já as havia privadas, que foram injustamente desprezadas e fechadas


Por ideologia e bairrismos locais construíram-se escolas estatais onde o parque escolar privado já existia e era de qualidade e iniciou-se um projecto claro de asfixia, a seu tempo, do ensino privado, dito supletivo. As escolas estatais precisavam de alunos e muitos pais optavam pelas escolas privadas. Para os brios dos governos isto não era admissível. Depois, vieram os pagamentos em atraso, a redução arbitrária de turmas, a multiplicação de exigências que não existiam para a escola estatal. Assim se chegou à situação actual de um injusto extermínio, por uma morte lenta, de há muito cuidadosamente programada e sempre desejada por forças ideologicamente totalitárias e por grupos corporativos que nada vêem além dos seus interesses

O que o governo socialista faz agora e quer continuar a fazer, a falso pretexto da crise económica, e que é urgente denunciar, constitui um retrocesso democrático, uma ameaça grave de contornos ditatoriais, uma negação clara do mais legítimo pluralismo, uma injustiça que a história guardará com o seu juízo crítico inexorável

D. António Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro

Reitor

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