domingo, 8 de maio de 2011

Ia Ser Uma Revolução do Caraças. Para Pior Obviamente!


Defender que a eleição dos deputados à Assembleia da República deveria ser proporcional aos votos colhidos num "único círculo eleitoral nacional", melhora ou amplia a democracia não lembraria ao diabo. Mas, estranhamente, lembrou ao general. Por certo, uma lembrança post almoço.

Mesmo que fossemos ceguinhos ou, sei lá, tivéssemos vivido nas profundezas das minas da Panasqueira durante os últimos 37 anos, algumas coisas tínhamos de ter visto:
  1. que uma boa parte dos ditos deputados na nação, não o são de facto, antes curam dos seus negócios ou dos negócios de outrém, democraticamente.
  2. que uma boa parte dos deputados que "elegemos", eleição após eleição, nunca se sentaram nas cadeiras do Parlamento a defender os "nossos" interesses, democraticamente. Um autêntico embuste democrático.
  3. que nunca nenhum português pode, até agora, responsabilizar um único dos deputados que, democraticamente, elegeu, por uma simples razão: os portugueses nunca elegeram os seus deputados, aliás, nem lhes sabem dos nomes. Em bom rigor, os portugueses não votam em deputados, nem em listas ordenadas de deputados, votam em Partidos.
  4. os partidos têm aproveitado as legislativas para fazerem algumas "lavagens" de militantes, borrados dos pés à cabeça e sem pinga de dignidade, colocando-os no monte de candidatos a deputados, às vezes em em lugares aparentemente não elegíveis mas já com todo o esquema montado para, em tempo, tomarem posse de um lugar que deveria ser honrado por pessoas limpas.

É por sabermos disto que não podemos defender a democracia defendendo mais do mesmo. Lutar por mais democracia é lutar por mais verdade, por mais responsabilidade por mais poder de decisão e de julgamento para cada cidadão. Isso só se alcança com a eleição de deputados perfeitamente identificados, com rosto, que conheçamos, eleitos nas nossas localidades, em círculos uninominais. A haver um círculo nacional, que seja para as sobras e arredondamentos.
Ah! E os círculos uninominais, ao contrário do que diz o general, convivem bem o a defesa dos interesses da República.


Reitor

3 comentários:

  1. Reitor, há certas boutades, como o "pós-almoço" que em outro dia, com outro estado de espírito, mereceriam resposta à medida.

    O resto é apenas "picanço". A isso nem respondo, pois estou com escassa vontade de contraditar quem não se assume por inteiro a nenhum nível.

    Círculos uninominais para quê se os deputados não devem repsonder pelos seus eleitores, como acontece na Inglaterra?

    Pois é, Reitor(es), é melhor apontar(em) as felchas para outro lado, até porque não sou fã de tinto como outras personalidades.

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  2. Boa tarde também para si, meu caro.

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