sábado, 11 de junho de 2011

Carta Aberta Ao Senhor Primeiro Ministro, Dr. Pedro Passos Coelho

Senhor Primeiro Ministro
Dr. Pedro Passos Coelho (PPC)

As primeiras palavras que lhe dirijo são para lhe dar os parabéns pela estrondosa vitória eleitoral do passado domingo, dia 5 de Junho, e formular votos dos maiores sucessos para o futuro.

Fique sabendo que muito me orgulha chamar-lhe "doutor". Muito me orgulha ser governado por um homem sério, que obteve as suas habilitações literárias numa instituição idónea, concedidas em horário de expediente normal e cujos professores não dependiam de si, nem no ordenado mensal nem no emprego.

O novo Governo não vai ter descanso nem vida fácil. A situação de quase-bancarrota em que os socialistas, capitaneados pelo inginheiro Sócrates, deixaram o país vai exigir de V. Exa. e de todos nós um empenhamento total para se ultrapassar a crise.

Como português e contribuinte sinto-me no direito (e no dever) de lhe deixar alguns conselhos para a governação do país, reconhecendo em si total liberdade para os acolher ou não.
Aqui ficam:

1.º - Nunca minta aos portugueses por dura que seja a realidade. Um Primeiro-Ministro mentiroso suja-se a si mesmo e suja o país. 
2.º - Use radioterapia política para debelar o maior cancro do país: a justiça. Declare publicamente, e sem rodeios, que não confia no Procurador-Geral da República, Conselheiro Fernando José Matos Pinto Monteiro nem no Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Juiz-Conselheiro Luís António Noronha Nascimento. O país ficar-lhe-á grato e, garanto-lhe, não precisará de dizer mais nenhuma palavra sobre o assunto para que o mesmo seja resolvido.
3.º Nomeie um (a) Ministro (a) da Justiça que exija a perseguição e punição dos criminosos: dos que matam aos que roubam, dos novos aos velhos. O crime combate-se e pune-se.
4.º - Altere as leis eleitorais de forma a que a) tenhamos círculos uninominais e b) se acabe com os parlamentos no interior da cada Câmara Municipal. Quem ganha governa, o país e a autarquia.
5.º - Limite os mandatos de todos os órgãos políticos preenchidos por eleição.
6.º - Promova a criação/aplicação de leis que persigam e responsabilizem os políticos e altos quadros técnicos do Estado pelas suas decisões que, comprovadamente, põem em causa o interesse nacional e os fundos públicos.
7.º - Promova a criação e aplicação de leis que combatam e castiguem a corrupção no seio ou em nome do Estado. E só há uma forma de o fazer: o Estado deve poder pedir contas e justificação para enriquecimento a qualquer político ou funcionário público e respectivos filhos, em qualquer momento após o termo do mandato.
8.º - Castigue os vigaristas e todos os que furtam o Estado e não deixe nenhum português saudável receber subsídio de desemprego sem desenvolver tarefas sociais que ocupem, pelo menos, metade do dia normal de trabalho.
9-º - Cumpra o acordo com a troika e governe sem pensar nas próximas eleições.
10.º - Tenha sempre em mente que só um povo livre faz um Estado forte e que à medida que o Estado cresce abafa e torna menos livres os seus cidadãos.

Aceite os cumprimentos do

Reitor

6 comentários:

  1. Boa! Subscrevo na íntegra. Vê lá se colocas os botões de partilha nas redes sociais para podermos publicar os teus posts no Facebook.

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  2. Desta vez estamos de acordo, embora a lista devesse ser mais extensa, mas isto é muita coisa para um homem só, porque os outros estão todos por aí, sem que lhes cassassem os "direitos" de continuarem a sacar...

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  3. Carol, basta falar verdade! Tão simples quanto isso embora seja difícil para quem, como a Carol, andou a ler em catecismos estrábicos.

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  4. Olhe, Anónimo da meia-noite: estrábica é a sua tia!

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