domingo, 26 de fevereiro de 2012

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Monumental Trapalhada



1 — Da decisão sobre a reclamação cabe recurso para o presidente do conselho geral a interpor no prazo de dez dias úteis a contar da data da sua notificação.
2 — A proposta de decisão do recurso compete a uma composição de três árbitros, obrigatoriamente docentes, cabendo a sua homologação ao presidente do conselho geral.
3 — No recurso o avaliado indica o seu árbitro e respectivos contactos.
4 — Recebido o recurso, o presidente do conselho geral, ou quem o substitua nos termos do n.º 9, notifica o director ou a secção de avaliação do desempenho docente do conselho pedagógico para, em dez dias úteis, contra -alegar e nomear o seu árbitro.
5 — No prazo de cinco dias úteis após a apresentação das contra -alegações, o presidente notifica os dois árbitros que se reúnem para escolher um terceiro árbitro, que preside.
6 — Na impossibilidade de acordo para a escolha do terceiro árbitro, este será designado pelo presidente do conselho geral, no prazo de dois dias úteis, após o conhecimento da falta de acordo.
7 — No prazo de dez dias úteis, após o decurso de qualquer um dos prazos referidos nos n.os 5 e 6, os árbitros submetem a proposta de decisão do recurso à homologação do presidente do conselho geral, ou quem o substituir nos termos do n.º 9.
8 — O prazo de homologação da proposta de decisão do recurso é de cinco dias úteis.
9 — Sempre que o presidente do conselho geral não seja um docente, compete a este órgão eleger de entre os seus membros um docente para os efeitos previstos no presente artigo.




Caro João Almeida.
Meu amigo

Sei que andas muito ocupado com as agregações de escolas e agrupamentos.
Sim, sim, mesmo longe, também me contaram que aproveitaste a revisão do modelo de gestão para incentivares os diretores a ajudarem-te a agregares o mais possível. Não demorará muito e todos os veremos a pedirem e a procurarem juntar-se à escola A ou ao Agrupamento B. E os argumentos pedagógicos que ainda há pouco tempo não existiam surgirão como cerejas: porque é melhor para os "miúdos", porque há continuidade pedagógica, porque se pode desenvolver um projeto educativo comum, blá, blá....
Eles sabem que, enquanto não estiverem as escolas agregadas serão substituídos por uma comissão administrativa e lá se vai o tacho.
Mas, João, o que me leva a escrever-te é outra coisa.
Com que então deste-lhes mais um presentinho de cão. Esse dos recursos ficarem nas escolas nem a mim me passou pela cabeça. É de mestre. Os diretores e os seus compagnons farão o mal e a caramunha. E a confusão será tanta e o ambiente tão inóspito que até se tornará irrelevante o magno facto de nas escolas não existir nenhum professor a exercer cargo hierarquicamente superior ao do professor avaliado, o recorrente.
Fica bem. Não me esqueço de levar as lantejoulas, descansa.


Reitor

Tolerância De Ponto





Reitor

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Uma Traição Como Nunca Se Viu!






O Aldomiro ainda está gá-gá com a notícia.
Hoje ou amanhã lançará o primeiro bitaite e barafustar contra a coisa.
Que não senhor, que se vai politizar ainda mais o ambiente escolar.
Que recebeu dezenas de telefonemas de diretores a ameaçar que se vão demitir. Para a semana, claro.
Vamos esperar um pouco. 
Enquanto não chega o Aldomiro, há uma que se impõe: se da comunidade escolar fazem parte professores e contínuos, quem é que os avalia a eles? Continuará a ser o diretor?



Reitor

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Uma Divinatória Farpatese

O prof. Guinote tem um intelectual de serviço no seu blogue. O moço discorre como os grandes mestres sobre as preocupações do mundo.
Recentemente criou uma teoria. Uma teoria que urge comprovar, custe o que custar.
A teoria é esta: A escola está a desumanizar-se
Tal como os velhos positivistas, há que reunir dados que comprovem a sua teoria.
Podia, enfim, seguir uma linha geológica e recolher dados que confirmassem que cada vez há mais calhaus nas escolas. Ou então seguir uma linha mais zoológica e demonstrar que temos, hoje, mais, muito mais, asnos nas escolas do que tínhamos há duas décadas. Nem seguiu uma nem outra, preferiu seguir uma linha obscurantista e provar que o indívduo se subjectiva como um empreeendedor de si mesmo e o poder se constitui como um regime geral de dominação da vida!?!?. Vejam aqui:

 E que dizer desta farpatese?
A paternidade, de princípio natural-substancial, passou a ser entendida como uma “opção” ou um “estilo de vida”, entre outros “investimentos” à escolha no “mercado dos afectos
Bem sei que não conseguem perceber o inintelegível arrazoado. Não se preocupem em demasia, provalvelmente é o intelectual que não se consegue exprimir de forma simples.
O mais grave - os pecados contra o espírito santo - é quando os intelectuais tentam arvorar-se em grandes profetas face aos outros indivíduos e impressioná-los com filosofias divinatórias. Quem não for capaz de se exprimir de forma clara e simples, deve permanecer calado e continuar a trabalhar até conseguir a clareza de expressão. K. R. Popper





Reitor

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A Pontaria e a Lucidez Que Faltam Aos Atuais Governantes Educativos, Aos Diretores Gerais, Aos Regionais e Aos Diretorzecos


Porque não é possível, nem resolver os problemas de indisciplina grave e de agressões, nem repor a autoridade dos professores, sem, no mínimo, decidir e implementar o seguinte:
- conferir aos professores o estatuto de autoridade pública (como ocorre, em Espanha), convertendo qualquer agressão aos mesmos numa ofensa agravada;
- rever o estatuto do aluno de alto a baixo, acabando com paternalismos desresponsabilizantes e com paninhos quentes insensatos, desde a existência de planos, como os inenarráveis PIT´s para alunos que faltam injustificadamente, até aos salamaleques processuais para com os pais ou às penas ridículas para os "profissionais" do incumprimento e da indisciplina;
- diferenciar os alunos com interesse em estudar e em prosseguir os seus estudos daqueles que deveriam ser orientados para um ensino técnico, industrial e comercial profissionalizante, com espaços, currículos e regulamentos diferenciados;
- devolver o poder e a autoridade efetiva aos professores, acabando com modelos, práticas e legislados que suportam e alimentam relações de subjugação, de medo e de quase vassalagem, no interior das escolas, de uns professores em relação a outros, chamem-se eles diretores, avaliadores ou coordenadores impostos, que não eleitos;
- pôr fim aos estratagemas, tanto de facilitação artificial e administrativa do sucesso, como de possibilidades de opção entre disciplinas, que apenas servem para diminuir e desautorizar os professores mais exigentes e disciplinadores. Ler o resto AQUI.


Lede tudo e aprendei. Nesta fina análise do Octávio que, por pouco, falhou o lugar que hoje é ocupado pelo João "Pequeno" Casanova, está tudo o que interessa para o país se desenvolver e sairmos da crise.



Reitor

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Obrigado Fafe




Que não haja confusões com tantos Fs: Estúdio Fénix em Fafe.


Reitor

Tento Na Língua. Tu Não Estás Pobre.




Reitor

Um Bofetada a Moda Antiga Num Dos Maiores Inimigos Da República Portuguesa




Um texto de antologia de José Manuel Fernandes




Reitor

Resumo Resumidinho Do Para Ser



O Arlindo destapou este parecer do Conselho de Escolas.

Aqui fica a síntese das (des)medidas aprovadas pelo conselho de escolas:


Desmedida 3 - A EVT é uma disciplina fundamental no 2º ciclo, pelo que deve manter-se. No 3º já não é tanto e pode separar-se EV de ET.

Desmedida 4 - Queremos mais carga letiva obrigatória para os alunos e, se nos cortamk disciplinas, nós devolvemos em apoio ao estudo.

Desmedida  5 - Queremos as TIC no 3º ciclo e no 2º também para os alunos aprenderem a jogar cartas.

Desmedida 6 - Queremos mais um tempinho por semana a português. Não, não nos esquecemos da Matemática, só que seria pedir demais.


Desmedida 11 - A Formação cívica melhora o clima da escola, portanto deve ser obrigatória até ao 12º ano. Dizemos mais: até ao 5º ano de universidade.


Desmedidas 13 e 14 - Queremos mais uma disciplina de opção no 12º ano.


Reitor

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Insanidade!


Estes querem que tudo fique na mesma:
        

Estoutros querem agravar o défice:
Conselho das Escolas quer mais tempo para Português no 12º ano e ainda uma série de coisas boas para agravar o défice, Ver aqui e aqui


                           
      
E as coisas não mudam muito, mesmo vistas da província:


Cá dentro, o costume:



"Eis que todos são vaidade; as suas obras não são coisa alguma; as suas imagens de fundição são vento e confusão." (Isaías 41:29)


Reitor

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Uma Farpa: O Capitalismo Precisa de Mais Liberdade e Oportunidades Para Todos e Não De Mais Igualdade

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Reitor


O Triste Fado Da Desumanização Das Escolas Ou Uma Farpa Líquida

Estava o Governo preocupado em arranjar soluções para pagar as dívidas e reduzir o défice e, muitas famílias às voltas com as contas que sempre aparecem no fim do mês, quando foi lançada na mesa, ou melhor, quando saíu pelo Umbigo do Guionte, a magna questão que há-de ocupar a mente dos teóricos da educação, dos professores e dos alunos em todas as escolas do país, até ao termo do próximo fim-de-semana.
E a questão é a da crescente desumanização da escola de que nos fala o pensador Farpas. Diz este ensaísta que "a escola caminha para deixar de ser um espaço de afectos e se tornar uma mera empresa de serviços".

Deve estar a referir-se especialmente ao ensino profissional, que veio transformar as escolas em pequenas empresas e colonizá-las de uma variedade de cursos que preparam jovens para o mercado de trabalho e a prestação de serviços, fazendo.

Eu pessoalmente acho que os cursos de barman, de cozinha, de eletrónica, de desporto, de turismo, etc. até deram muita vida às escolas. E emprego aos professores. E satisfação aos pais. E ocupação útil aos jovens.
Para lá da família, não existe organização humana mais "humanizada" que as escolas. E nunca mais os jovens que frequentam as escolas desfrutarão de uma ambiente tão humano nem de tanta liberdade como o é a escola. Seja ela qual seja.

Ah! A escola deixou de ser um espaço de afetos.
Também não é de admirar que assim seja. Os professores andam mais carrancudos de preocupados que estão com as suas dívidas e o seu emprego. Mas este é um mal geral.

A farpatese da desumanização das escolas não tem nada de papável que a sustente, nenhum facto, estudo ou experiências pessoais que possam ser invocadas para aderirmos a ela. Muito menos, se perguntou aos jovens alunos se a escola está a desumanizar-se. Para não se levar uma fraca resposta.



Reitor