domingo, 29 de abril de 2012

Está Mais Quente, Mas Ainda Confuso



Caro professor Guinote.
Fico satisfeito por ver que tenta compreender o conceito de "liberdade de escolha".
De facto, embora próximo, o seu poste ainda deixa a desejar:
1 - "A liberdade de escolha exerce-se escolhendo e não sendo encaminhado para trajetos únicos". Com esta afirmação você compara duas coisas de natureza diferentes, querendo que pensemos que são semelhantes e, consequentemente, que a segunda é a negação da primeira (confuso? O farpatese explicará melhor)
Meu caro, você sabe bem que, mesmo sendo livres na escolha da livraria ou do restaurante, somos normalmente "encaminhados" para os melhores. E não tem mal nenhum sermos encaminhados desde que também queiramos fazer esse caminho. Pense só nos livros que comprou na feira do livro: foi você que os escolheu, certo? Ou foi encaminhado pelo que leu sobre eles? Ou sobre os seus autores? Ou teria sido encaminhado pelo preço?
Alguma coisa o encaminhou para tomar a decisão de compre ar aqueles e não outros. Eu sinto isso diariamente: há vários anos que tomo o pequeno almoço no mesmo café. Algo me encaminha para lá. E penso que a nata poderá ser o único responsável pelo trajeto diário. Sinto-me livre.

2 - Depois vem dizer esta coisa incrível: a diversidade é "tão mais necessária quanto se esteja em zonas afastadas dos grandes centros". Porquê? No grandes centros não é necessária diversidade? Ou as escolas públicas dos centros das cidades são tão diversas que não seja necessário mais diversidade? e são mais "diversificadas" que as da província?

3 - Claro que a política de eliminação de diretores de escolas (e não de agregação de escolas) é uma asneira pegada, simplesmente porque está a ser feita à medida de cada freguês, com as regras que cada merceeiro estabelece. Sem norte, sem critério, sem lógica visível.

4 - Ao contrário do que afirma, a herança destas medidas NÃO "será um sistema educativo público com menor diversidade, mais monolítico, com os centros de decisão mais afastados dos interessados". Simplesmente porque:
     a) Se nada se fizer, a diversidade do sistema educativo futuro (com as megaescolas) será exatamente a mesma que a que existe hoje: um sistema educativo público monolítico, igual em todo o país (excepção da escola da Ponte), centralizado na gestão dos recursos humanos, financeiros e, simultanemante, a quem cabe educar, avaliar, financiar, controlar e julgar.
      b) Os centros de decisão não estarão mais afastados dos interessados por via das agregações. Quando muito poderão afastar-se por extinção das DREs (verdadeira razão e fundamento para tanta pressa em agregar escolas e dar-lhes "dimensão"). Ontem e hoje, os centros de decisão estiveram e estão em Lisboa e nas DREs. Amanhã, com as megaescolas, os centros de decisão estarão nos mesmíssimos sítios.

Portanto, caro professor, antes de se oferecer aos portugueses a liberdade de fazerem as suas escolhas (não a escolha do restaurante, nem da praia - que já têm, mas a escolha da educação que querem para si e para os seus), o que nós precisamos é de saber isto:
      a) quanto custa a educação obrigatória de cada português em cada ano letivo.
      b) quem é que tem a obrigação de a pagar e em que medida?

Se você me souber responder a estas duas questões, eu explicar-lhe-ei (sem qualquer presunção ou sentimento de superioridade, note bem) em poucas linhas o que é a liberdade de escolha da educação e como se alcança.

Sempre ao dispor


Reitor

domingo, 15 de abril de 2012

Deus Nos Livre Da Autonomia





Dito por outras palavras, prof. Albano:
a) Os alunos de duas turmas do 11º ano montam um esquema para gamar um teste que se encontrava na pen drive à professora, durante uma aula numa escola pública, ou seja numa escola  NOSSA, paga com os NOSSOS impostos.
b) Os moços gamaram a pen e vexa. acha, prof. Bano, que é um assunto interno da escola e que "nada interessa" à opinão pública, ou seja, nada interessa aos gajos que lhe pagam o ordenado.
c) Como responsável pelo processo, aplicou às "crianças" uma suspensão de 7 dias (oito deve ser para aqueles que roubam carteiras, nove para os que roubam telemóveis e 10 para os que roubam ipads. Se algum mandar vexa. à m. aplica-lhe 3 dias, se lhe der uma chapada aplica 6 certamente).
d) Os pais, percebendo que a medida disciplinar era desprovida de proporcionaldiade, recorreram à DREC e ganharam, obviamente.
e) Democraticamente, diz que o deferimento das pretensões dos pais aconteceu por erros processuais da sua própria responsabilidade e que nada mais resta à escola que não seja cumprir a decisão da DREC.
f) E, tendo cometido um erro processual - ou seja, um erro no exercício das funções que lhe estão atribuídas - a única consequência que vislumbra é assobiar para o ar e chutar para canto.

É poucochinho stôr.
Alunos devidamente identificados urdem um esquema para furtar uma pen a uma docente durante a aula e conseguem-no; o tipo a quem vexa. entrega o processo comete, declaradamente, erros processuais que levam o seu superior hierárquico (no caso uma superiora boa como poucas) a dar provimento ao recurso e... a vida continua como dantes...

Acontece, stôr Albano que se está a esquecer que à ESCOLA ainda resta mais que "cumprir o que foi decidido pela estrutura regional". A ESCOLA pode demiti-lo por declarada incompetência e por ocultação de informação àqueles que lhe pagam o ordenado. Aguarde pelo final do ano letivo.



Reitor

Uma Mentira Que Nos Sai Cara


 É verdade Ramiro, A nossa Educação Pública vive há décadas sobre uma mentira


Reitor

terça-feira, 10 de abril de 2012

"Embascada" Está a Tua Tia, Pá

As cabeças bem-pensantes da moderna esquerda portuguesa ficaram podres com a "mentira" de Passos Coelho. Com a última, por sinal, que as anteriores já estavam esquecidas.
Não perdoam a Passos Coelho a afirmação de que os 13º e 14º meses  afinal não vão ser repostos em 2014 mas sim em 2015. E às pinguinhas.
Aqui-del-rei que é mentiroso. Tão mentiroso, note-se bem a comparação, como o outro, o falso engenheiro.
O Mário Carneiro até embascou (sic) com tanta mentira.
Será que estes ainda não perceberam que correm sérios riscos de nem em 2015, nem em 2020 terem o 13º e o 14 meses?
Será que não perceberam que, como bem disse hoje o Cavaco, não é este o momento para se falar disso. Até porque não está garantido que em 2015 não precisemos de mais empréstimos para pagar salários
na função pública. É que, se precisarmos, não se vê como vão emprestar-nos dinheiro para pagarmos subsídios aos funcionários públicos...
Era o que mais faltava.


Reitor

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Um Exemplo Chegado De Gondomar


O Conselho Municipal de Educação (CMEG) de Gondomar reuniu no passado dia 2 de abril. Depois de discutir aprofundadamente a proposta do Mestre Dr. João Grancho, aprovou esta interessante recomendação:
1 - O método utilizado pelo diretor regional é do agrado dos gondomarenses em geral .
2 - Graças à informação privilegiada que possui por meios que não convém verter para esta ata, o CMEG preparou-se no último ano para atirar o PEM contra a agregação, seja ela qual for.
3 - A agregação proposta pelo DREN Grancho é, em bom rigor, uma ....agregação que não convém aos gondomarenses.
4 - Em conformidade, recomenda-se que tudo fique como está.
Ler tudo aqui


 Reitor

sábado, 7 de abril de 2012

Não! Não Emigrem.





Reitor

Que Interesse Têm As Escolas Em Participar Actos Violentos Ou De Indisciplina?



Em 90% das escolas do país não se verificaram ocorrências (crime/indisciplina) no ano passado.
País pacífico e ordeiro este em que apenas em 10% das escolas ocorreram actos de violência ou de indisciplina dignos de registo. Um descarado embuste.

Não creio que exista alguma escola do país em que não se tivesse verificado uma situação de indisciplina, violência ou outra que deveria ter sido comunicada ao OSME e não foi.

Vamos tentar perceber o fenómeno.
Porque é que as escolas não comunicam ao OSME as ocorrências que põem em causa a segurança escolar?
- Porque na cabeça de muitos zecos "ocorrência" rima com "incompetência". Ora, onde já se viu alguém comunicar as suas falhas ao chefe?

Para que serve o OSME?
O Observatório de Segurança em Meio Escolar (OSME) serve, desde logo, sobretudo, e apenas, para que alguém ganhe a vida. Quantos são os que observam os aéreos a cair nas contas bancárias no final do mês pelo serviço que fazem no OSME? Quem são eles?

Pronto. Está aqui uma explicação do fenómeno.


Reitor

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Mais Uma Multa Para Pagarmos



A juntar a tantas outras que já pagamos desde a estadia em Paris, antes de 74, até hoje. Mesmo depois de morrer, havemos de ser nós a pagar as exéquias. E a tença a que a família terá direito.

Viva Portugal!


Reitor

Brilhante Análise. E Absolutamente Certeira.


Foi pungente e risível ouvir o Tozé "Sacristão" Seguro a vitimizar-se na tvi, tanto tanto que quase se lhe verteu uma lágrima.


Triste lidre. O melhor seguro de vida que PPC poderia ter. Mantenham-no à frente do P.S.

Reitor