quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Intolerável Hipocrisia, Acintosa Demagogia.


Prefiro um comunista retinto a um socialista disfarçado de anjinho. A FNE, através da ascendência que João Dias da Silva exerce sobre o Secretário de Estado Casanova e o Diretor Geral Mário Pereira (ambos ex-formandos de Dias da Silva), tem interferido - e de que maneira - no rumo seguido pelo MEC desde os primórdios da formação deste Governo. Uma deriva completa e uma inação (melhor dizendo, um retrocesso) que já nem as palavras e as declarações de intenção conseguem disfarçar. Veja-se o Estatuto do Aluno, o concurso de pessoal docente, o regime que regula a gestão das escolas (um favor feito aos amigos sindicais que fazem formação em gestão escolar), o dossier dos Cursos de Educação Formação, dos Cursos Profissionais... e tantos outros abortos.
A hipocrisia da FNE salta à vista sempre que o João Sacristão Silva fala. Agora anuncia que reiterou a "denúncia de situações de atropelos à lei no que diz respeito aos concursos" de professores por "oferta de escola".
Talvez seja tempo de alguém o alertar, por favor, que não há propriamente atropelos à lei parida pela FNE e pelo MEC, mas sim e mais exatamente, centenas de professores atropeladas por uma lei estúpida da autoria conjunta da FNE e do MEC.
Mas as declarações do diretor geral da DGAE - Mário Agostinho Pereira - não são menos hipócritas nem menos demagógicas que as do seu amigo João, antes pelo contrário.
Diz o capataz que, em chegando ao seu conhecimento situações coiso e tal, mandará apreciar e remeterá à IGEC para os "procedimentos adequados". Falsidade e hipocrisia. No último ano e meio as situações - da responsabilidade de Mário Pereira e da sua DGAE - foram tantas que até foi alvo de processo de inquérito no Ministério Público.
Bom cristão como sou, vou ajudar o senhor Diretor Geral, apontando três, apenas três, grosseiras ilegalidades da sua própria responsabilidade, e que certamente se enquadram nas "situações que cheguem ao conhecmento"da DGAE para apreciação e remessa à IGEC.
Aqui vão:
1) Nota informativa da DGAE de 5/9 que abre as portas à introdução de critérios de "pontuação ou pontuações previamente estabelecidas para a seleção final" que a lei dos concursos não prevê nem permite. Esta "orientação da DGAE" é uma entorse legal e apenas serviu para as escolas terem cobertura para chamarem candidatos, sucessivamente, até chegaram àquele que, previamente, tinham decidido selecionar, em alguns casos o 500º da lista ordenada.
2) Introdução no concurso de oferta de escola - em total arrepio da lei -  de "subcritérios" para contratação de professores que a lei dos concursos não prevê nem admite.
3) Publicação de listas candidatos, ordenados ao arrepio da lei, conforme denunciado pelo Arlindo.
Portanto, João e Mário, não falta matéria para encher os jornais e a IGEC....

Sim, sei que há mais ilegalidades, mas três bastam para ilustrar a coisa
E lá vamos cantando e rindo como no tempo da outra senhora...

 Reitor


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