terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Carta Aberta a Mário Soares

Trento, 30 de dezembro de 2014
Sr. Doutor
Quero agradecer-lhe, em primeiro lugar, o gesto altruísta, e muito digno, diga-se de passagem, de ter enviado uma carta ao seu grande amigo em prisão preventiva, José Sócrates. É um gesto que mostra bem o valor da solidariedade entre amigalhaços.
Sabe como eu o admiro pela forma como tem estado na política portuguesa - à margem, digo-lhe, que os europeus já se arrependeram mil vezes por não lhe terem dado aquele tacho de Presidente do Parlamento Europeu. Morcões. Dizia eu que a minha admiração por si advém do facto de o senhor ter sabido viver à custa do erário público português, durante dezenas de anos, obviamente pelo facto de o povo lhe reconhecer mérito. Sabemos os dois que os portugueses em França foram também seus amigos enquanto esteve no exílio.
Os poucos portugueses - cada vez menos, na verdade - que ainda lhe dão ouvidos, e crédito, são muitos mais do que aqueles que visitam o seu camarada e amigo socialista Sócrates, na prisão de Évora.
É por serem já poucos a dar-lhe crédito, que não se ouviu ninguém a apontar os disparates e aleivosias que V. Exa. diz e escreve na carta que dirige ao seu grande amigo na prisa.
Só um pequeno grupo  de anti-democratas, capitaneados por V. Exa., pode dizer que o seu amigo está a ser tratado "vergonhosamente" pela justiça - que afinal está a funcionar - e pelo juiz de instrução.
Os que defendem o Estado de Direito, a Democracia, a separação de poderes, os princípios da equidade, do justo tratamento e da justiça para todos, as pessoas decentes, afinal,  estão calados à espera pacientemente que a justiça faça o seu curso, que os culpados sejam punidos e os inocenets absolvidos.
Viva a República e a Democracia
Viva Portugal
Aceite um abraço de um seu velho admirador, que tanto o estimou e que agora, mesmo em retiro invernal nas propriedades italianas, fica triste com a figura patética que vai fazendo sempre que fala ou sai à rua.
Reitor


domingo, 28 de dezembro de 2014

Não Fosse Vir De Quem Vem e Até Pareceria Distração

 
O professor Paulo Guinote podia fazer carreira na política. Tem a retórica dos políticos e, sempre que interessa, usa a demagogia nas doses adequadas para vender as suas ideias.
Pena é que os partidos políticos ainda não o tenham tentado. Ou, tendo, não o tivessem feito com o empenho necessário.
Vem isto a propósito de um arrazoado que ele postou com o título "Estava Na Gaveta...". Tivesse lá ficado e eu não perdia 10 preciosos minutos.
Talvez seja por isso mesmo - um arrazoado de asneiras - que não o publicam, hem?
Vamos ver o que diz este professor anti-liberdade de escolha da escola.
Primeiro, começa por glosar ao conceito de  liberdade de escolha da escola com outras liberdades que nada têm a ver com aquela, lançando fumo sobre a questão central: as famílias deviam escolher a escola onde querem educar os filhos.
Depois, a demagogia escorre como a lava do vulcão da ilha do Fogo:
a) Liberdade das escolas para escolherem os alunos mais adequados ao seu projecto educativo
b) Liberdade dos alunos para escolherem o ritmo e estilo de trabalho mais apropriado ao seu perfil de aprendizagens e aos seus interesses pessoais
Inversão de liberdades: não é livre o fornecedor que escolhe os clientes (a isso chama-se monopólio). São livres os clientes que podem escolher de entre os vários fornecedores.
O alunos escolhem o seu ritmo e os seus interesses pessoais nas atividades de lazer. Ou depois dos 18 anos. Não no seu trabalho. Não enquanto materializam o seu dever de frequentar a escola. Não enquanto são menores.
O professor Guinote talvez ainda não tenha percebido que a liberdade dos jovens é menor que a dos adultos. Ou acha que não é?
c) Liberdade das comunidades escolares para adequarem o modelo de gestão a esse projecto e à sua identidade específica.
Cegueira conveniente: este Governo deu autonomia a centenas de escolas precisamente para que elas passassem a ter identidade, projetos e modelos de gestão próprios.
Importa dizer ainda que as escolas já podem criar estruturas de gestão dos seus projetos e estruturas de gestão que respondam a problemas específicos das comunidades. Há escolas com gabinetes disto e daquilo, com conselhos pedagógicos e conselhos gerais diferentes no número de membros, no tipo de membros e na própria organização interna.
Mas eu acho que o professor Guinote se refere à estrutura de topo, o diretor. Aconselho-o vivamente a defender a municipalização. Certamente as comunidades escolares ganharão autonomia para adequar o modelo de gestão das suas escolas.
d) Liberdade dos professores para escolherem as metodologias e práticas mais apropriadas ao trabalho com as suas turmas e alunos, à gestão dos conteúdos e à avaliação dos alunos

Falsidade mal vestida: os professores nunca fizeram outra coisa na vida que não escolher metodologias e práticas apropriadas, gerir os conteúdos previstos para cada disciplina e avaliar os alunos. Da forma como o Professor Guinote o diz, até parece que não é isso que fazem, o que não é verdade. Quem escolhe as metodologias e práticas utilizadas pelo professor Guinote nas suas aulas? Quem gere os conteúdos e ritmos de lecionação nas aulas que dá? Quem avalia os seus alunos?
Não se trata de distração. Trata-se de demagogia. Barata.

 

sábado, 27 de dezembro de 2014

Um Texto Para Se Ler Em Voz Alta No Primeiro Dia de Aulas De 2015, a Todos Os Alunos

 
Paulo Morais, BEIJA MÃO ÀS GRADES

José Sócrates, preso em Évora, inaugurou uma nova prática: a de conceder audiências na cadeia. As peregrinações de inúmeras figuras públicas à penitenciária de Évora, sob a capa aparente de visitas de apoio e solidariedade, mais não parecem do que exercícios de vassalagem.

Ao longo de anos e enquanto governante Sócrates garantiu ganhos milionários a alguns dos maiores grupos económicos, em particular na Finança e nas Obras Públicas. Todos aqueles que Sócrates beneficiou estarão agora a ir à cadeia beijar-lhe a mão. Será uma questão de gratidão. Por lá passaram e continuarão a passar os concessionários das parcerias público-privadas (PPP), a quem Sócrates garantiu rendas obscenas em negócios sem risco. Assim, não será de estranhar que o todo-poderoso Jorge Coelho, presidente durante anos do maior concessionário de PPP rodoviárias, o grupo Mota-Engil – tenha rumado a Évora. Também lá esteve em romagem José Lello, administrador, durante os governos socialistas, da construtora DST, que muito ganhou também com PPP.

Não deixa de ser curioso que cheguem apoiantes de todos os setores que Sócrates tutelou. O líder do futebol português, Pinto da Costa, foi mais um dos que manifestou o seu apoio público. Afinal, Sócrates foi o ministro do desporto que trouxe o Euro 2004 para Portugal. Um Euro que valeu muitos milhões de euros aos clubes de futebol e seus dirigentes. Mais um gesto de vassalagem.

Para ser visitado e apoiado, a Sócrates bastará enviar a convocatória. Todos aqueles cujos podres Sócrates conhece, os que usufruíram de benefícios ilegítimos pelas suas decisões – todos aparecem ao primeiro estalar de dedos. Todos temem Sócrates, pois sabem que se ele resolver falar, desmorona o seu mundo de promiscuidades entre política e negócios.
 
Com estas convocatórias e manifestações de apoio, o ex-primeiro-ministro pretende manipular a opinião pública, vitimizando-se; bem como condicionar a Justiça, através da sua manifestação de força e influência. 
Mas o que não faz e deveria fazer é aproveitar o acesso direto aos media para explicar quais os bens de fortuna que lhe permitiram, sem rendimentos compatíveis, manter, durante anos e depois de sair do poder, uma vida de ostentação.

Os professores decentes saberão como sumariar a lição.

Pai De Filho Único

         
António Arnaut é o afamado pai do SNS. Fez este filho logo a seguir a 25 de abril e, com tão bom sémen, estranho muito que nenhuma outra rapariga, especialmente as da sua família política, lhe tenha pedido mais.
Agora está velho demais e já não diz coisa com coisa.
Só Deus sabe o que se perdeu.


Diz-se Que o Livro Do Pai do SNS Não Vale Um Chavo






Aqui del'rei. está em causa o regime democrático.
Espero que o presidentedarepublicadasbananas faça um comunicado ao país.


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Merdas Do Regime


Esta “absolvição” de Paulo Portas tem tanto de encenada como de precipitada, como qualquer um percebe se ler o despacho de arquivamento ou se tiver acesso aos documentos recolhidos e às audições realizadas no inquérito parlamentar. É uma “absolvição” construída sobre os silêncios de uns e as mentiras de outros, em alguns casos os mesmos, e que beneficiou do desaparecimento de documentos muito reveladores. Por isso é uma absolvição frágil, muito frágil.




Deus Lhe Dê a Serenidade e a Força, Sr. Primeiro-Ministro, Para Continuar o Rumo



 Estou orgulhoso.


Incorrigíveis Chuchalistas


Só dizem balelas.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Não. Não És Nem Nunca Foste Liberal. És Apenas Demasiado Gordo.



Carlos Abreu Amorim leu muitos autores e defensores do liberalismo o económico. Leu Hayek, Friedman e a escola de Chicago. enfim, leu muitos, mas leu mal. Não percebeu patavina do que leu.
São precisamente as doutrinas liberais, nomeadamente as clássicas, que defendem regras fortes e instituições que as apliquem. São as doutrinas liberais clássicas que defendem um Estado magro mas com músculo. Com instituições fortes que persigam os prevaricadores e os ladrões - sejam eles quem forem, Carlos - até os apanharem. São doutrinas que não defendem a prescrição de crimes de sangue e de dívidas ao Estado.
Os problemas que apenas descobriste agora na comissão de inquérito ao BES, Carlos, não têm a ver com doutrinas políticas, ideológicas ou filosóficas. Nem com teorias económicas. Nem com liberalismo, socialismos, comunismo, economia planificada centralmente, estado providência, estado social ou paternalismo estatal.
Têm a ver com ladroagem. Com políticos corruptos, com uma economia de favor, com trocas de favores e influências entre representantes do Estado e bandidos com fatos Armani e mercedes nas garagens.
Lê Paulo Morais que aprendes muito.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Rei Ricardo

 A ler, de Paulo Morais
Ricardo Salgado foi ao Parlamento depor no âmbito do inquérito ao BES. Foi recebido como um rei, discursou com sobranceria, desprezou os deputados e nada esclareceu. Que trunfos tem Salgado para poder agir com tanta arrogância?
Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Salgado só falou do que quis. Até porque ninguém lhe colocou questões verdadeiramente incómodas. Ficaram por fazer as perguntas que permitiriam clarificar como foi possível desaparecer tanto dinheiro do BES e quem foram os atores na política e na Administração cúmplices no processo. Ficamos sem saber como foi possível o BES transferir para Angola três mil milhões, na maior operação de fuga de capitais, mesmo debaixo do nariz do Banco de Portugal; quem no governo autorizou o abate ilegal de sobreiros que viabilizou o negócio imobiliário da ‘Vargem Fresca’; quem foram os portugueses subornados na compra de submarinos intermediada pela ESCOM. Tão-pouco se esclareceu qual a intervenção do ex-ministro Miguel Relvas na privatização da EDP e qual a sua ligação ao BES; que papel teve o BES nas parcerias público-privadas, tão ruinosas para o Estado. Ou, até, a troco de quê o BES financiou os estudos de Durão Barroso em Georgetown. E, finalmente, nem uma pista sobre onde está o dinheiro proveniente de tanto negócio obscuro. Ao fim de horas de inquirição, nenhuma destas questões foi esclarecida. As perguntas pareciam escolhidas pelo inquirido. Perante uma CPI submissa, Salgado fez o seu espetáculo. Sentado no topo da mesa, em vez de confrontado, de frente para os inquiridores, como se faz em qualquer parlamento decente do mundo. Assumiu ar professoral e usou os deputados como figurantes das suas manobras para influenciar a opinião pública.
Só poderia haver uma razão para Salgado agir com esta arrogância: ter muitos políticos portugueses na mão; ou melhor, no bolso, no bolso onde guardará a sua lista de pagamentos – em avenças, favores, prebendas, empréstimos sem garantias e outros privilégios –, cujos beneficiários serão políticos e seus familiares.
Ricardo Salgado, apesar de ser considerado internacionalmente o pior gestor do mundo, em Portugal continua a ser rei, no meio da podre política nacional.



quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Ora, Ora, Não Se Empurrem




Ora, ora, o tesão do Mário Nogueira é deitar abaixo o Governo. O do Filinto é ir pra lá.
Tanto tesão só pode gerar tensão. Por sua vez, a tensão azeda a prova de avaliação que passa de vinagre a zurrapa.




domingo, 14 de dezembro de 2014

Enfim, Geninho, Podias Ser Mais Original



 

Eugénio Fonseca é Presidente da CÁRITAS. Ajuda os pobres em Portugal. Devemos-lhe muito.
E temos consciência, nós e ele, de que a que a sua importância, com pena de todos,  varie proporcionalmente à variação da taxa de pobreza.


Sócrates, Vara, Santos Silva e Afins. Um História de Vida.




Pelas terras de Teixoso, Canhoso , Portugal e o Mundo.
Eles andam todos por aí. Livremente (!) e de cabeça erguida.

Maduro Está Em Apuros






Mais Uma Ollandada

Via correntes:

Para combater as desigualdades, diz a Natália...
O Hollande e a Julie devem estar a chegar. Vou dizer-lhe para ter juízo.