domingo, 12 de junho de 2016

Bem Prega Frei Tomás


Por essa mesmíssima razão, uma secretária de Estado que tanto se bate pela escola pública não devia expor-se ao anátema do Frei Tomás. Não devia apregoar altíssimos princípios e deixar a sua prática para outros. Alexandra Leitão justifica numa entrevista à Visão a sua escolha com o desejo de garantir um “currículo internacional” às suas filhas. A inscrição na Escola Alemã garante-lhes, afirma, “uma educação com duas línguas que funcionem quase como maternas”. Se não fosse essa preocupação, “andariam obviamente numa escola pública”. O que ela nos diz com esta expectativa é que as escolas públicas não providenciam nem o ensino capaz de duas línguas nem o tal “currículo internacional”. Ou seja, quem for exigente com a educação dos filhos, trate de vida e vá para as privadas. Quem não tiver possibilidades, pois que abdique do “currículo internacional”. Com esta singela explicação, Alexandra Leitão acrescenta realismo à caricatura da esquerda caviar que adora discutir o problema dos pobrezinhos exibindo as suas boas camisas Gant em cenários de lagosta e vinhos caros
Manuel Carvalho diz tudo:
a) A escola privada tem mais qualidade que a escola pública, senão os pais não a preferiam.
b) A escola pública perde qualidade porque, entre outros motivos, os pais com posses, com conhecimentos, bem casados, enfim, de estrato social mais elevado, como por exemplo a atual secretária de estado, Alexandra Leitão, retiram os seus filhos das escolas públicas e colocam-nos nas privadas, que são as que providenciam melhor educação e ensino.
c) Dar aos portugueses a possibilidade de escolher as escola dos filhos é o mesmo que dar uma ordem de despejo às escolas comandadas pelo porta-voz da fenprof no conselho de ministros.




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