segunda-feira, 23 de abril de 2018

Extremismo



Queres dizer que, tal como a saúde, a escola pública é para todos mesmo para os que não são portugueses e aqueles que não têm documentos, certo?
Errado. A escola pública serve primeiro os que estão na sua área geográfica. Os restantes serve se tiver lugar.
Batatinha.

sábado, 21 de abril de 2018

Saiu-lhe A Sorte Grande



Os plesidents da junta preparam-se para receber o prémio que há muito perseguem: tomar conta das pessoas que estão nas escolas: professores, funcionários, alunos e todas as famílias. Uma autêntica lotaria.
Já afiam os dentes para trinchar as novas competências e demorará pouco até começarem a dar ordens diretas aos diretores e, mais algum tempo, a tomar conta das admissões dos professores.


sexta-feira, 13 de abril de 2018

Monumental Embuste


Estas alterações são justificadas pela necessidade de se promover a “igualdade de oportunidades e superação das desigualdades económicas, sociais e culturais”, e por outro para assegurar a “garantia da transparência e combate à fraude”.



BIGIGEFE


Por exemplo, consegue-se ter em tempo real uma perspectiva focada, por escola, dos custos associados a cada situação como água, luz, etc – torna-se assim possível antecipar uma rotura de água numa escola, uma vez que existe uma previsão do gasto mensal e existindo um pico de consumo é possível alertar a escola imediatamente, sem ter de esperar pela chegada da factura um ou dois meses depois.

Acho bem que as escolas tenham os contadores da eletricidade e da água ligados ao IGEFE. Sempre que houver uma fuga de água na escola de Aljezur, a 24 de julho será a primeira a saber. Quase instantaneamente, entrará em ação o piqute constituído pelos doutores PassosFerrajota Viveiros para cortar a água e reparar a fuga. Aleluia!
As poupanças nas escolas vão ser imensas e darão para cobrir os astronómicos gastos com o aumento de pessoal do igefe bem como assim as despesas com o big data fornecido (por concurso público, claro) pela Fujitsu.
Ficará feliz o Dr. Passos por pensar que controla tudo e ficarão felizes as escolas porque deixarão de ter preocupações com as faturas da água e de eletricidade.
O povo paga.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Está a Nascer Uma Nova Indústria Educativa No Setor Privado, Com o Apoio do Estado.


Diretores querem o fim do peso excessivo da nota (de exame) no acesso ao ensino superior

As escolas privadas vivem do ensino com exames. Usam e abusam dos resultados dos exames para vender o seu serviço. O acesso ao superior e o "treino" dos alunos para exame tem sido o seu core business
Porque vem então um dirigente das escolas privadas defender a redução do peso dos exames no acesso ao superior? Hum! Que cheirinho.

O dirigente das escolas públicas e representante dos diretores vem defender o mesmo. Ah!  O mesmo? Sim, o diretor Filinto considera desmesurado o peso dos exames no acesso ao ensino superior.
Nenhum dos dois explica o que deve contrabalançar a redução do peso dos exames no acesso ao ensino superior, mas ambos partilham uma visão comum sobre a melhor forma de se educarem os jovens, sem que estes se preocupem com exames. Simplesmente, uma educação sem preocupações.

Todos sabemos que os bons comerciantes e industriais cheiram à distância as tendências de negócios. Os privados perceberam que o delegado da fenprof no Conselho de Ministros quer acabar com os exames a todo o transe. Para isso, tudo faz para os diabolizar e desacreditar.
Os privados percebendo que os exames podem ter os dias contados já estão a trabalhar. Não a trabalhar para a massa mas sim para a felicidade dos alunos, claro.
E já se adivinham alguns negócios para ganhar dinheiro: os cursos de preparação para acesso à universidade, a elaboração de currículos e de portefólios, a preparação para a entrevista, os gabinetes de apoio ao aluno e toda a indústria que vai desenvolver-se à sombra da alteração das regras de acesso ao superior e, vá, do perfil dos alunos, o novo maná das esquerdas cultas. Sim, os contactos certos também ajudarão imenso.

É bonito ver que vão de mãos dadas, as escolas públicas e as escolas privadas.

sábado, 7 de abril de 2018

Desta Vez Atiraste Ligeiramente Ao Lado


As palavras-chave não são, como dizes, “Forma Não Impositiva”. Já se sabia há muito que o delegado da Fenprof nas reuniões do Conselho de Ministros não tinha força para impor ao país e ao professor Marcelo a PAFC. Nada de novo por aqui.
O que é novo, revelador e se constitui como palavras-chave são "FERRAMENTA de trabalho" e "INSTRUMENTO de trabalho".
Trocando por miúdos, o país ficou a saber agora que o projeto de autonomia e flexibilização curricular não é um desígnio nem uma política educativa, nem uma meta ou objetivo para o sistema educativo, nem uma revisão ou reforma, nem sequer uma nova ideia ou visão para a educação dos jovens portugueses. 
Nada disso. O mui badalado PAFC não é mais que uma ferramenta (está para a educação tal como a chave-de-fendas está para a mecânica) ou instrumento (tal como uma flauta ou um computador) que os alunos  de todas as escolas e agrupamentos poderão utilizar nas disciplinas, tipo trabalhos manuais.
É apenas isto. 

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Humanismo Não Correspondido


«Foram três anos em que me esforcei por imprimir na Missão da DGAE uma visão humanista. 
A DGAE percorreu um caminho no sentido de se afirmar como organização aprendente. 
Esforcei-me por aproximar a DGAE das escolas, por promover um apoio e uma colaboração que facilitasse a eficiência e a eficácia da DGAE e dos seus diversos stakeholders. 
Não consegui superar todos os constrangimentos, o trabalho é muito... 
A visão humanista que tenho da Educação, norteou a liderança que desenvolvi, uma visão integradora e sustentável...
Mas, para as promovermos temos de as ter [as condições], temos de saber viver em conjunto, com respeito por nós próprios e pelos outros, temos de saber resolver problemas, encontrar soluções, ter autonomia, iniciativa, criatividade, inovação… Encontrar a nossa felicidade e proporcioná-la aos que connosco convivem»